O berrante das surrealidades

Gabriel O Pensador na música ‘‘Pátria que me pariu’’, no Cd ‘‘Quebra-cabeça’’ de 1997, descrevia o destino de um país que concebeu um filho sem pai, e depois sem mãe, que tinha um destino sem cara e identidade, na verdade não se sabia se a cara do infante era do ‘‘perdão ou da vingança, do desespero ou da esperança’’.

Esta letra descreve, nos dias atuais, uma nação governada pela besta, com seu repertório desqualificado de insanidades e irrealidades negacionistas. O apelo ao discurso sobre a necessidade de combater um inimigo combalido na queda do muro de Berlim, e todos os demais que possam se enquadrar neste rótulo é o alvo do arsenal de munições, que estes indivíduos lançam mão para escamotear sua pequenez cerebral.

Ano passado as manchas de petróleo eram fichinhas para o que estava porvir no momento em que a ‘‘Terra Parou’’, mas mesmo assim o apego as formulas fáceis para disfarçar a incompetência em uma realidade tão freqüente nesta sociedade de risco, buscou a justificativa no inimigo socialista, odiado pela nação norte-americana.

Sim, e a resolução do ‘‘causo’’?

Entramos na era do chamado ‘‘novo normal’’, um período extremamente difícil, desconhecido em diversos aspectos, cuja realidade demandava um gestor estrategista em redução de danos sociais, políticos e econômicos, diante dos diversos impactos que a Covid-19 aplacaria e deixaria no mar de incertezas especialistas em tal questão.

Mas a besta e seus emissários concentraram-se, como colonizados bestiais, em atacar a China e propagar ideias contra o isolamento social, o uso de medicamentos para lombrigas e afins, e a tal cloroquina, sem qualquer respaldo científico que recomendasse esta insanidade.

Não obstante, no país da besta se abate uma grande catástrofe ambiental, cujos reflexos sem faz sentir nas temperaturas do sul e sudeste daquele país, e ao invés do combate efetivo desta tragédia, o antiministro do Meio Ambiente, o Harry Potter de American Pie, me aparece com o discurso do boi bombeiro, como recurso efetivo no combate às queimadas.

Rapaz… a cara desse cara nem arde, pois defende abertamente os interesses do agronegócio na criação bovina e sua expansão sobre a flora, sob o pretexto que dessa forma protegeria o meio ambiente.

Em verdade, enquanto tentar ele passar a boiada, toda a tentativa é válida para canalhice da bestas e seus comandados.

imagem: Ribs

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