Qual a lógica move o governo nesse período de Covid-19? A situação é totalmente fora dos precedentes do que esta geração, pelo menos, experimentou em termos de doenças, isolamento social, cuidados… um lance meio parecido com aqueles filmes de epidemia que o povo fica isolado. A bomba estoura lá em março, e a frente do Ministério da Saúde estava o Mandetta, formiga operária do golpe de 2016, mas nesta situação da Covid-19 apresentou clareza, seriedade sobre a condução da crise epidêmica, pelo menos nas aparências. E aí? A besta ficou enciumada e lhe deu um coice.
Entra aquele senhor, qualificado, com a aparência de morto-vivo, era o que nos daria um alento, de se ter alguém responsável para frear as insanidades lá do palácio da gripezinha, sobretudo, na gestão da saúde. O cara não segurou a onda e entra um militar.
Em meio a este troca-troca, os governadores e prefeitos administraram o país no combate ao Covid-19, outros se meteram em corrupção, mesmo pregando que bandido bom é bandido morto, como se diz lá no Rio de Janeiro, embora alguns ‘‘estejam presos e praticamente impeachmentmados’’. E aí se assiste um festival de ataques ginasiais à China por membros do alto escalão do governo e ‘‘chapista de hambúrguer’’, o tal amigo dos filhos do Trump.
‘‘Não use máscara’’, ‘‘Vá trabalhar, é melhor morrer contaminado e trabalhando, do que passar fome’’, ‘‘Uma gripezinha…’’, ‘‘E daí, não sou coveiro’’, ‘‘Tome cloroquina e ivermectina’’.
Voltamos e a explosão da Covid pós-eleição, já cantava esta bola, porém, temos vacinas em estado avançado de estudos, outras em aplicação no Reino Unido, e aqui o presidente da república faz piadas homofóbicas, não com o guaraná Jesus, mas com uma situação que tem vitimado pessoas, relacionando com a tão esdrúxula proposta de tratamento de ozônio pelo ânus, anunciada pelo prefeito de Itajaí.
Nada contra, se mal não faz, receba seu ozônio, contudo, a ciência esta aí seriamente comprometida com uma situação complexa a busca de soluções, que não brotam de ideias mágicas saídas das latrinas que estão nas cabeças de políticos.
Mas aí vem o problema, porque chegamos a uma vacina, e se tem uma campanha geralmente dos seguidores da besta contra a vacinação, com alegações de que seremos cobaias da China e coisa e tal… por outro lado, tome cloroquina, ivermectina e até ozônio…
Quando ele diz na piada cretina e homofóbica ‘‘ai… eu quero ozônio…’’, acho que é um desejo incubado de ser de alguma forma penetrado, diante de sua fixação pela temática anal, a paquera ao Trump, e digo mais, duas doses de corote, que esse homem bebesse, no beco da off em pleno carnaval de Salvador, a verdade viria a tona para a alegria e libertação do mesmo.
Enfim, mas ele é pessoa ruim, burra e complexada, cuja lógica é contrariar para se fazer enxergar.
Vai tomar ozônio rapaz…, escondidinho e ser feliz.
Imagem: Bennet
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