Outro mundo possível está no ar

Na foto de Thais Chita, Graça Cremon, do movimento cultural, e Suelma Alves de Deus, do movimento negro

Tornar possível uma articulação horizontal da sociedade civil, que reúna os diferentes segmentos, movimentos sociais, entidades e instituições preocupadas com a construção de Outro Mundo Possível, é um dos grandes objetivos do Fórum Social Mundial.

Essa intenção foi ressaltada por membros do seu Conselho Internacional, assim como por representantes de entidades que participaram da Coletiva de Imprensa, realizada na manhã de terça, 22/1/08, no Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo, para lançar a Semana de Mobilização e Ação Global, que culminará com o Dia de Ação Global em 26 de Janeiro, sábado.

Com iniciativas de ações de rua e atividades de movimentos sociais informadas a cada momento no site que recebe notícias do que se passa no resto do mundo, cresce a sensação de que o FSM, desta vez sem um lugar para reunir tanta gente, está no ar. Sábado será dia de respirar Outro Mundo Possível.

A mesa de lançamentp do FSM 2008 foi composta por Chico Whitaker, Salete Valesan Camba e Oded Grajew, representando o Conselho Internacional, Josephina Bacariça, da Comissão de Justiça e Paz, Maria Luiza Franco, Sindicato dos Sicuritários, Suelma Alves de Deus, da Soweto Organização Negra, Antonio Carlos Spis, representando a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Graça Cremon, articuladora da performance político-cultural que será realizada coletivamente no centro da capital paulista no dia 26 de Janeiro de 2008, Dia Mundial da Ação Global

Além historiar o processo FSM, comentar a programação da Ação Global, os novos formatos e metodologias, todas as falas da Coletiva reiteraram que este movimento de caráter planetário, vem quebrando a sensação de impotência frente aos problemas sociais, assegurando a todos que lutas aparentemente isoladas, setorizadas, podem fazer parte de lutas globais e são bandeiras de um contingente muito maior de pessoas, que juntas poderão encontrar saídas à globalização perversa que exclue, discrimina e abandona.

Até o momento, mais de 70 países participam da Ação Global. No Brasil, cerca de 20 estados realizam eventos do FSM descentralizado, tudo convergindo para a grande data que é o 26 de janeiro. Em São Paulo, por exemplo, centenas de atividades já estão inscritas, compondo a programação do Sábado-Feira, coordenado pela Comissão de Justiça e Paz da Diocese de São Paulo, no Colégio São Luiz, e muitas outras realizadas pela Central dos Movimentos Populares e Central Única dos Trabalhadores. O Aterro do Flamengo, na Rio de Janeiro, reunirá milhares de pessoas em torno dos quatros palcos para shows, performances e outros. No sul, a cidade de Curitiba é sede do FSM-Mercosul descentralizado. A cidade de Belém, no Pará, se levanta para, de diferentes maneiras, chamar, convidar o mundo para a grande edição do Fórum a ser realizada em janeiro de 2009. No próximo ano, a Amazônia será a casa e o auto-falante de todos aqueles que buscam “um outro mundo possível”, uma outra sociedade mais justa, alegre, dinâmica e sustentável.

A reunião contou com a presença de jornalistas e comunicadores da imprensa alternativa e independente, que comungam os ideais do FSM, e que vêm sendo os grandes responsáveis pela veiculação de suas mensagens para todas as camadas da população. Ou seja, vêm sendo a “Rádio-Peão”, o “Pombo-Correio” dos Fóruns em tempos de globalização. Dentre os presentes, registramos a participação de ativistas da comunicação da Central de Midia Independente, Intervozes, Ciranda e Ciranda-Afro, O São Paulo, Comunicação Instituto Paulo Freire, La Nación, Rede Paulista de Comunicação Democrática e também a presença da Radiobrás, registrando o início de mais um FSM no Brasil e no mundo.

Todas as atividades da Ação Global do FSM são gratuitas e abertas a todos os interessados.

PARTICIPE!
Veja o que está acontecendo nos sites:
www.forumsocialmundial.org.br
www.sabado-feira.net
www.ciranda.net

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