No Chifre da África[es] En el cuerno de Africa

Neste inicio de 2007, um país e uma região africana em conflito estão no imaginário dos movimentos sociais e altermundistas que participarão de mais uma jornada do Fórum Social Mundial. Situado no leste africano, o país que em janeiro receberá ativistas de todo mundo é banhado pelo Oceano Índico e cercado por uma vizinhança tensa e famosa (ver mapa abaixo).

Na fronteira norte do Quênia, sede do encontro, está a Etiópia, que no final de 2006 mobilizou suas tropas para defender o governo transitório de outro país, a Somália, vizinha nordestina do Quênia. O governo não é aceito por uma grande parcela islâmica dos somalis.

A Etiópia foi à guerra na Somália com o apoio da União Africana, contra os Tribunais Islâmicos que detinham o controle de toda parte sul do país vizinho, incluindo a capital, Mogadiscio. Estes tribunais, por sua vez, têm apoio de outro país do Corno da África, a Eritréia, e, segundo os Estados Unidos, do líder da Al Qaeda, Ayman Al-Zawahiri.

De acordo com a BBC, Al-Zawahiri teria apeladoaos muçulmanos vizinhos (do Egipto, do Sudão e do Maghreb Árabe), em entrevista ‘a TV Al Jaazera, para que participem de uma Guerra Santa (Jihad) na Somália contra o governo e seus apoiadores.

As cortes islämicas (11 ao todo, reunidas na UCI – União dos Tribunais Islâmicas em 2006), defendem a volta da lei tribal islâmica Sharia e estão enfraquecidas desde a invasão das tropas etíopes.

O Quênia, no meio do caminho

A guerra está acontecendo agora e o palco de possíveis negociações entre apoiadores do governo Somali é o Quênia, país que também sediou a formação do governo provisório em 2004. Enquanto delegações dos quatro continentes se organizavam para o VII FSM, o país anfitrião recebia em Nairóbi, neste início de janeiro, representantes da Etiópia, Estados Unidos, União Africana e do governo transitório da Somália, para tratar de uma força de paz africana que substitua as tropas etíopes.

Mais algumas semanas são previstas pelo primeiro ministro etíope, Meles Zenawi, até que suas tropas sejam substituídas pela força de paz. Em outras palavras, não existe um prazo para que a invasão recém iniciada da Somália termine. Ou que cessem os confrontos com a resistência islâmica.

Nesse intervalo ocorrerá o FSM, pela primeira vez tão perto dos conflitos sangrentos envolvendo questões étnicas e culturais, com a miséria e a globalização como panos de fundo. Quase na divisa com o Quênia está Kismayo, cidade reduto dos islâmicos agora tomada pelo exército etíope. A saída é o país vizinho, embora o Quênia tenha fechado as fronteiras e comece a mandar de volta para o inferno, para horror do resto do mundo, levas de refugiados(as), a maioria mulheres e crianças.

A memória de um genocídio

O grupo de nações em conflito constituem, acima do Quênia, a área geográfica que tem a forma de um chifre de rinoceronte, daí o nome da vizinhança explosiva. Ela fervilha com mais de uma guerra.
Ao lado da Etiópia, a noroeste do Quênia, está o Sudão, que atravessa dias não menos dramáticos, com nada menos que 2,5 milhões de habitantes desabrigados, procurando refúgio dentro e fora do país. A tragédia vem de alguns anos, enquanto a ONU decidia se o que estava ocorrendo lá era ou não genocídio. O fato é que mais de 200 mil pessoas foram dizimadas na região da capital, a cidade de Darfur, desde 2003. A população africana negra acusa até hoje as milícias árabes, chamadas Janjaweed e apoiadoras do governo sudanes, de junto com este terem promovido tal genocídio.

Agora, muitos habitantes desalojados procuram saida pelo Jade e pelo Quênia. Por isso, populações desabrigadas em decorrência de conflitos étnicos, além de todas as outras causas conhecidas para a falta de moradia nos países pobres, constituem uma realidade com a qual o FSM vai se deparar bem de perto. No final do ano passado, os conflitos no Sudão recomeçaram, também sendo motivo de uma proposta de intervenção militar por forças de paz da ONU.

Abaixo do Sudão, à oeste do Quênia, está Uganda, cujo parlamento já aprovou a inclusão de tropas na força africana para a Somália. Ninguém ao redor do Quënia está livre da tensão da guerra que ameaça toda a região.

Heranças tristes

Compreender um pouco melhor o resultado de um coquetel explosivo formado pelo confronto entre militarismos e fundamentalismos, em um cenário de abandono e miséria, é um dos desafios do FSM. Mas a interferência externa está entre as principais causas das guerras religiosas e étnicas que hoje se desenrolam naquela região da África.

Fora a participação ocidental na formação dos governos transitórios que depois se voltaram contra parcela da população, como foi o envolvimento dos EUA na origem do governo sudanês que acabaria perseguindo e matando africanos(as) negros(as), existe a herança deixada pela colonização européia.

“O Quênia, enquanto país, é uma construção política decorrente de sua colonização britânica, iniciada durante o século XIX e somente terminada em 1963”, explica o queniano Samwel Kamau Githiru, que estudou no Brasil nos anos 90. Essa colonização foi responsável pelas fronteiras hoje conhecidas e que foram feitas, como ele explica, “com o intuito de dividir etnias aliadas e unir rivais. Assim, sua população se enfraqueceria entre disputas internas e os colonizadores teriam maior facilidade em explorar suas riquezas naturais”. Hoje, a preocupação so Ocidente está no risco de ver a Somália transformada em um estado islâmico. Ou, simplesmente, fora de controle.

Conheçc um pouco da história das fronteiras da Somália, Etiópia e Eritréia
[es]

En este comienzo de 2007, un país y una región africana en conflicto están en el imaginario de los movimientos sociales y altermundistas que participarán de na jornada mãs del Fórum Social Mundial. Situado al este africano, el pais que recibirá en enero activistas de todo el mundo, está bañado por el Océano Índico y rodeado por una vecinanza tensa y famosa (ver el mapa abajo).

En la frontera norte de Kenia, sede del encuentro, se encuentra Etiopía, que al final de 2006 movilizó sus tropas para defender al gobierno transitorio de otro país, Somalía, vecina nordestina de Kenia. El gobierno fue rechazado por una gran facción islámica de los somalís.

Etiopía fue a la guerra en Somalia con el apoyo de la Unión Africana, contra los Tribunales Islámicos que detenian el control de toda la parte sur del país vecino, incluyendo a la capital, Mogadiscio. Estos tribunales, por su vez, tienen el apoyo de otro país del Cuerno de África, Eritrea, y, según los Estados Unidos, del líder de Al Qaeda, Ayman Al-Zawahiri.

De acuerdo con la BBC, Al-Zawahiri habria apelado a los muzulmanos vecinhos (de Egipto, de Sudán y de Maghreb Árabe), en una entrevista a la TV Al Jaazera, para que participen de una Guerra Santa (Jihad) en Somalia contra el gobierno y sus apoyadores.

Las cortes islámicas (11 en total, reunidas em la UCI – Unión de los Tribunales Islámicos en 2006), defienden la vuelta de la ley tribal islámica Sharia y están debilitadas desde la invasión de las tropas etiópes.

Kenia, en la mitad del camino

La guerra está siendo ahora y el palco de las posibles negociaciones entre apoyadores del gobierno Somalí y del de Kenia, país que también fue sede del armado del gobierno provisório en 2004. Mientras delegaciones de los cuatro continentes se organizaban para el VII FSM, el país anfitrión recibía en Nairóbi, en el comienzo de enero, representantes de Etiopía, Estados Unidos, Unión Africana y del gobierno transitório de Somalía, para tratar de una fuerza de paz africana que substituya a las tropas etiopes.

En algunas semanas más el primer ministro de Etiopía , Meles Zenawi, preveé sus tropas substituídas por las fuerzas de paz. En otras palabras, no existe un plazo para que la invasión recién iniciada de Somalia termine. O que cesem los conflictos con la resistencia islámica.

En este intervalo estará el FSM, por la primer vez tan cerca de los conflictos sangrientos que involucran cuestiones étnicas y culturales, con la miséria y la globalización como telón de fondo. Casi en la frontera con Kenia está Kismayo, ciudad que es el reducto de los islámicos que está tomada ahora por el ejército etíope. La salida es el país vecino, aunque Kenia ha cerrado las fronteras y empieza a mandar de vuelta para el inferno, para el espanto del resto del mundo, levas de refugiados(as), la mayoria mujeres y niños.

La memória de un genocídio

El grupo de naciones en conflicto constituyen, arriba de Kenia, el área geográfica que tiene la forma de un cuerno de rinoceronte, de allí viene el nombre de los vecinanza explosiva. Ella hierve con más de una guerra. Al lado de Etiopía, a noroeste de Kenia, está Sudán, que atraviesa unos días que no son menos dramáticos, con nada menos que 2,5 millones de habitantes desabrigados, buscando refúgio dentro y fuera del país. La tragédia viene desde algunos años, mientras la ONU decidía si lo que estaba ocurriendo allá era o no era genocídio. El hecho es que más de 200 mil personas fueron diezmadas en la región de la capital, la ciudad de Darfur, desde 2003. La población africana negra acusa hasta hoy a las milícias árabes, llamadas Janjaweed y apoyadoras del gobierno sudanes, de que junto con éste hayan promocionado tal genocídio.

Ahora, muchos habitantes desalojados buscan una salida por Jade y por Kenia. Por eso, poblaciones desabrigadas por consecuencia de los conflictos étnicos, además de todas las demás causas conocidas para la falta de vivienda en los países pobres, constituyen una realidad con la cual el FSM vá a depararse bien de cerca. Al final do año pasado, los conflictos en Sudán recomenzaron, siendo también el motivo de una propuesta de intervención militar por las fuerza de paz de la ONU.

Abajo de Sudán, al oeste de Kenia, queda Uganda, cuyo parlamento ya aprobó la inclusión de tropas en la fuerza africana para Somalia. Nadie alrededor de Kenia está libre de la tensión de la guerra que amenaza toda la región.

Herencias tristes

Comprender un poco mejor el resultado de un coctel explosivo formado por el contra frente entre militarismos y fundamentalismos, en un escenário de abandono y de miséria, es uno de los desafíos del FSM. Pero la interferencia externa está entre las principales causas de las guerras religiosas y étnicas que se desarrollan hoy en aquella región de África.

Además de la participación occidental en la formación de los gobiernos transitórios que depués se han vuelto contra parte de la población, como fue el envolvimiento de los EEUU en el origen del gobierno sudanés que terminaría persiguiendo y matando africanos(as) negros(as), existe la herencia que ha dejado la colonización europea.

“Kenia, como país, es una construcción política decorrente de su colonización británica, iniciada durante el siglo XIX y solamente acabada en 1963”, explica el keniano Samwel Kamau Githiru, que ha estudiado en Brasil en los años 90. Esa colonización fue la responsable por las fronteras que hoy son conocidas y que fueron hechas, como él explica, “con el objetivo de fraccionar etnias aliadas y unir rivales. De ese modo, su población se debilitaría entre disputas internas y los colonizadores tendrian mayor facilidad en explotar sus riquezas naturales”. Hoy, la preocupación de Occidente está en el riesgo de ver a Somalia transformada en un estado islámico. O, simplemente, fuera de control.

Conozca un poco de la historia de las fronteras de Somalia, Etiopía y Eritrea Mapa Kenia/ Kenya Map

3 thoughts on “No Chifre da África[es] En el cuerno de Africa

  1. No Chifre da África
    Olá RITA FREIRE,
    Parabéns pela matéria “No chifre da África” com importante contextualização. Descobri-a por acaso quando buscava informações sobre o FSM no google.
    Abs. Lina Rosa

    1. No Chifre da África
      Sem duvidas um autentico Rita Freire!!! salve Ciranda… ja estou em buenos aires, com reunioes com os humanistas mas tentarei me colocar a postos….
      mariana

  2. No Chifre da África
    Impressionante a descrição dos conflitos, Rita. Mais uma vez, no coração dos conflitos. Boa sorte e fôlego na cobertura. Vou acompanhar direto. Beijos e feliz ano novo. Monica Tarantino

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *