Oficina debate tráfico de mulheres

Pobreza, desigualdade social e a falta de políticas públicas que possam emancipar mulheres em situação de vulnerabilidade social sao os principais entraves no combate ao tráfico de mulheres para exploração e comercialização do sexo.

O assunto foi discutido durante uma oficina realizada pelo Fórum Permanente de Mulheres de Manaus, realizada na tarde do dia 28, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O encontro reuniu representantes de diversas organizaçõe que acolhem vitimas de exploração sexual.

De acordo com a Pesquisa Sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual (Pestraf), publicada em 2002, e desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) e a o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre a Criança e Adolescente (Cecria), o Amazonas é o estado na região Norte que de onde mais saem rotas internacionais de tráfico de pessoas.

Movidas por sonhos e promessas de uma vida melhor em outros países, vendidas ou simplesmente raptadas, em alguns casos, mulheres são o principal alvo da rede internacional de tráfico que conta, muitas vezes, com a anuência do Poder Judiciário, empresários, policiais e políticos.

Para enfrentar essa questão, a denuncia é fundamental.”Pedimos que rompam com o muro do silêncio”, disse a assistente social da Casa Mamãe Margarida, Katia Cristina de Souza. Ela alerta que em muitos casos o aliciamento de mulheres, crianças e adolescentes é feito por pessoas muito próximas às vítimas, até mesmo pela família.

Outro ponto levantado durante a oficina foi que ainda faltam políticas públicas que possam resgatar mulheres envolvidas na rede de tráfico e que assegurem condições sócio-econômicas para uma vida nova. “Apesar de uma conjuntura politica favorável, com a criação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, ainda existem entraves dentro dos Estados”, comenta Flavia Melo, consultora da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. Segundo ela, existem alguns obstáculos como a liberação de orçamentos, e a falta de órgãos e pessoas para fazer a gestão das politicas de combate e prevenção ao tráfico.

Se quiser falar com o Fórum Permanente de Mulheres de Manaus escreva para fpmdemanaus@yahoo.com.br

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