Um Estado palestino laico e democrático, em que todos, independentemente de gênero, etnia, religião ou opção política, possam viver em paz. Utopia ou não, fato é que já existiu uma Palestina assim acolhedora e receptiva, há 60 anos, antes da Nakba (catástrofe) de 1948. O Mopat (Movimento Palestina para Tod@s), a ser lançado em 26 de janeiro, no Dia de Ação Global, durante o sábado-feira, em São Paulo, sonha com um Estado como esse, livre de ocupação e qualquer opressão. E acredita que isso só será possível quando a sociedade civil no mundo todo se mobilizar para exigir o fim da ocupação israelense.
Criado por palestinos e brasileiros que sentiram a necessidade de se organizar e de buscar a unidade nas ações, o Mopat é laico e independente de partidos políticos e governos. Baseia-se em São Paulo, mas está aberto a contatos e colaborações de todo o Brasil e América Latina.
A pretensão é atuar em conjunto com outras organizações populares e sociais, que defendem a justiça, os direitos humanos e a não-discriminação, sob qualquer forma.
60 anos da Nakba
Em 29 de novembro de 1947 as Nações Unidas recomendaram a partilha da Palestina em dois estados, um judeu e um árabe. Esse plano não apenas jamais foi integralmente implementado, como criou o cenário da guerra de 1948. Como conseqüência, Israel foi unilateralmente estabelecido como um Estado judeu, mediante a limpeza étnica de mais de três quartos do povo palestino, confiscando suas terras e impedindo o seu retorno. Essa guerra é lembrada pelos palestinos como a Nakba. Desde então, as políticas e práticas israelenses violam a lei internacional, incluindo a Convenção Internacional de Supressão e Punição do Crime de Apartheid. A ONU (Organização das Nações Unidas) reitera todos os anos que os direitos inalienáveis do povo palestino devem ser implementados: à autodeterminação, independência nacional e soberania, ao retorno e reparação dos refugiados.
Queremos fazer de 2008 um ano de conscientização sobre a Nakba. Em 15 de maio um grande ato público em São Paulo lembrará essa tragédia e protestará contra a incessante usurpação dos direitos dos palestinos.
Para nos conhecer e se somar a essa nobre causa da humanidade, acesse nosso site: www.palestinalivre.org.