Militantes do Psol debatem a crise mundial no FSM

Ionara Silva, de Brasília/ DF , Da Agência Jovem de notícias
28/01/2009

A primeira manhã do Fórum Social Mundial foi bastante movimentada. Para os que pretendiam debater a crise econômica mundial, a Tenda Panamazônica na Universidade Rural da Amazônia ( UFRA) foi o melhor local. O debate “A crise econômica mundial e os desafios para a esquerda” discutiu a crise do ponto de vista do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Encabeçado pela presidente do PSOL, Heloisa Helena, o encontro reuniu alguns nomes de peso como o militante do Novo partido Anticapitalista da França, François Ollivier e o integrante do Centro Tricontinental de Louvain- Bélgica.

Heloisa Helena, que chegou a ser ovacionada por cerca de mil pessoas, afirmou que a crise atual é conseqüência do capitalismo. “A crise só teve repercussão mundial porque afetou o capital internacional”. A presidente do PSOL ressaltou que a crise “já estava aí” para quem quisesse ver. “A principal causa da mortalidade infanto-juvenil é a violência. Quantas meninas vendem o corpo a 1 real? Quantos meninos estão a serviço do tráfico?”.
A militante disse ainda que “40 % do dinheiro investido na bolsa de valores tem origem no narcotráfico”.

Já François Ollivier propôs a criação de um partido internacional para combater a crise. “Precisamos fortalecer todas as iniciativas de combate ao imperialismo. Isso só será possível se todas as nações se unirem contra os imperialistas”, afirmou o militante francês.

Para o estudante da cidade de Ceilândia-DF, Arlindo Braga de 19 anos, é preciso que o debate vá muito além do contexto político. “Se existem crianças sendo exploradas sexualmente é preciso intensificar o processo de implantação das políticas públicas. Se a crise esta aí e ameaça a nossa economia, precisamos sentar e pensar em estratégias que amenizem o impacto. Atacar quem esta no governo é muito fácil.

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