Renata Cascaes, da Agência Jovem de Notícias
30/01/2009
A arte é universal e une povos diferentes com culturas e línguas diversas. Foi o que aconteceu com os jovens do espetáculo “Periferia”, composto por brasileiros e franceses, que está sendo apresentado durante o Fórum Social Mundial 2009, em Belém.
O espetáculo mistura performances, música e dança e abordam temas sociais diversos como violência, drogas, prostituição. Assuntos que infelizmente fazem parte da vida nas favelas e periferias de todo o mundo e que são bem retratados e de forma incisiva e encantadora durante a peça.
Enquanto a típica chuvinha de Belém caía lá fora, dentro do espaço Mundo do Trabalho, na Universidade Federal do Pará, os artistas apresentavam um ótimo trabalho prendendo a atenção de todos que passavam por lá. Após a apresentação do grupo, Marcos Paulo Almeida, um dos atores do espetáculo, falou um pouco sobre o projeto para a equipe da Agência Jovem de Notícias.
Como surgiu esse projeto?
O grupo de teatro e dança da comunidade da Maré no Rio, mais o pessoal de Jacarepaguá, se juntou com o grupo de teatro da França pra poder fazer esse trabalho social que aborda a violência, droga, prostituição, tudo de ruim tanto no Brasil quanto na França.
Como se chama o projeto?
Ainda não tem nome por ser um projeto ainda novo. Começamos ainda este ano, é muito novo mesmo. Mais é um parceira de grupos teatrais: Grupo Cape Sur Ivry (nome da cidade francesa que fica na periferia de Paris), Núcleo de Artes Silveira Sampaio, Cadê Companhia de Arte e Vila Olímpica da Maré, onde eu participo
Ambos os grupos já desenvolviam trabalhos desse tipo nas suas comunidades tanto no Rio quanto na França. Então decidimos nos unir e estrear essa parceria aqui no Fórum.
A idéia é levar o projeto pra apresentar na França. Eles vieram pra cá, agora é nossa vez de ir.
Segundo Marcos, o espetáculo ainda será apresentando no decorrer do FSM, que irá até dia 01 de fevereiro.
Saiba mais:
Pra quem não sabe, a comunidade da Maré faz parte do Complexo da Maré, que é composto por várias outras favelas. Ela é uma das comunidades mais marcadas pela violência dentro do complexo.