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Foto: Batucada in Québec
The 26 January 2008, is the day of global action and mobilization of the World Social Forum. It is proposed the realization of a week of action which will culminate in this day. The movements are free to undertake any kind of action, working its themes and the format. We propose that the National Coordinations think about the main issue concerning the local conjuncture, and as for the action we propose the realization of a worldwide feminist “batucada”.
The feminist “batucada” is a group of activist, feminist, anti-capitalist and anti-racist women that, in Brazil, appears in 2003, as one more instrument on the World Mach of Women struggle. It is part of the actions against the commodification of the women’s body and life. The “batucada” is an irreverent space of permanent organization. Besides being an instrument for political discussion, it is an instrument for visibility of the March’s actions.
The “Batucada” is also an instrument of boldness in the construction of new rhythms, music and “slogans” from women’s daily life and struggles, that portrays them, being in the denunciation of the patriarchal society or in the alternatives women find to build an equal world.
The “Batucada” is a space where women can create and re-create. Besides music and activist rhythms, we show our irreverence and organize debates. To discuss global subjects of the society is an instrument to rebuild our daily life.
When we play, we’re saying we want other practices, and that we don’t accept the music culture- patriarchal and prejudiced- that we hear everyday on the radio, shows, and television, that uses woman as market bait.
The instruments we use are made, mostly of recycled materials, or materials that are part of our daily life. Plastic barrels, kerosene cans, soda or beer cans, broomsticks and plastic bottles are some of them.
Besides the debate and the joy provided by the “batucada”, the rhythms help create concentration, unity and strength in the moments of collective actions. Playing music is a direct form of political action, to take feminism into the streets, expressing our struggles and occupying public space.
We learn to organize ourselves and coordinate our own rhythms in an inclusive manner. Drumming is fun, makes us feel well and elevates our spirits face to adversity.
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Foto: Batucada em Québec
26 de Janeiro será o Dia de Mobilização e Ação Global do Fórum Social Mundial. A proposta é realizar uma semana de ações que culminem nesse dia. Os movimentos são livres pra decidir que tipo de ação farão, seus temas e formato.
A proposta da Marcha Mundial de Mulheres é que suas Coordenações Nacionais reflitam preocupações das conjunturas locais e que, como ação, se pense em uma batucada feminista mundial.
A Batucada feminista é um grupo de ativistas, feministas, anti-capitalistas e anti-racistas brasileiras que surgiu no Brasil em 2003 e que acaba de fazer mais um ensaio na Avenida Paulista, em São Paulo, na passagem do Dia Mundial contra a Violência Sexista (25 de Novembro).
É parte das ações contra a mercantilização do corpo e da vida das mulheres e um espaço irreverente de permanente organização das mulheres. Além de ser um instrumento para propor temas políticos, é também um meio de dar visibilidade às ações da Marcha Mundial de Mulheres.
A Batucada é ainda um espaço para construção de novos ritmos, canções e slogans relacionados com a vida cotidiana e lutas das mulehres, para retrata-las, tanto se denunciam a sociedade patriarcal quanto se mostram suas alternativas para a construção de um mundo igualitário.
É um espaço onde as mulheres podem criar e recriar. “Quando tocamos, nos dizemos que queremos outras prática, que não aceitamos a cultura musical patriarcal e esterioripada, que ouvimos todos os dias na radio, nos shows, na TV, que utiliza a mulher como peça de mercado”, diz uma participante da batucada.
Os instrumentos são feitos principalmente de materiais reciclados ou de materiais que fazer parte da vida cotidiana das mulheres. Baldes, latas, garrafas pets são alguns deles.
Além dos temas e distração, os ritmos ajudam a criar concentração, unidade e força nos momentos de ações coletivas. Fazer música é uma forma direta de ação política que leva o feminismo para as ruas, mostra suas lutas e ocupa os espaços públicos, explicam as batucadoras.
“Nos aprendemos a nos organizar e coordenar nossos próprios ritmos de maneira inclusiva. É engraçado, nos faz sentir bem e eleva nosso espírito diante das adversidades”, garantem as participantes.