No próximo dia 26, em cada um dos cantos do planeta, os movimentos sociais que lutam
contra o neoliberalismo, a guerra, o colonialismo, o racismo e o patriarcado vão sair às
ruas para mostrar seu rechaço a esses fatos que geram violência, exploração, exclusão,
pobreza, fome, desastre ambiental e negação dos direitos humanos.
Na América Latina, após a Cúpula dos Povos – realizada no último dezembro no Uruguai -, a
região Cone Sul da Aliança Social Continental (ASC) acordou em aderir à Jornada de Ação
Global em solidariedade com o povo boliviano. O objetivo é mobilizar os povos de
fronteira da região para realizar um simbólico “Abraço a Bolívia”.
“Para expressar ao povo boliviano que os povos de ‘Nuestra América’ estamos comprometidos
com sua luta, apoiando sua resistência contra a investida do império estadunidense que
pretende, através de suas forças reacionárias, desconhecer um processo popular e
democrático que busca por a Bolívia em um caminho antagônico ao neoliberalismo e na
construção de um modelo de desenvolvimento econômico-social alternativo em sintonia com o
projeto histórico da Unidade latino-americana”, disse, em nota, a ASC.
Entre as diversas atividades que vão ser realizadas na América Latina, a Jornada de
solidariedade com o povo boliviano se destaca em razão dos recentes fatos de violência e
desconhecimento da institucionalidade “encabeçados por forças fascistas e racistas
bolivianas, promovidas a partir do governo de Washington”, acrescentou a ASC.
No Chile, diversas organizações e movimentos populares organizam uma “marcha cidadã”. A
atividade começará às 11 horas, com concentração na Praça de Armas, vai marchar-se por
diversas ruas centrais o final será às 13 horas na Praça da Constituição. Durante todo o
trajeto haverá protestos e atividades culturais. Além disso, serão definidas “esquinas
temáticas”, que ficarão sob responsabilidade das diversas organizações participantes.
A Semana de Ação Global, que culminará no dia 26, se torna obrigatória ante a necessidade
dos movimentos de construir uma agenda própria e de aumentar o impacto das milhares de
expressões e manifestações em que eles se comprometem a reforçar a solidariedade e as
convergências entre as lutas, campanhas, construções de alternativas e alianças.