Manifestantes clamam por liberdade para Egito em Dacar

foto: Terezinha Vicente

O Fórum Social Mundial é um dos melhores lugares para que os movimentos sociais falem de suas lutas e aconteceu, no último dia, uma manifestação pacífica em frente à embaixada do Egito contra o seu ditador Mubarak. No meio de muitos militantes e jornalistas estavam as tradicionais faixas improvisadas, feitas em pano ou papel e pintadas de última hora.

Os manifestantes, com um megafone e um banquinho começavam o ato. Quem queria subia e se equilibrava naquele modesto palanque, fazia o seu discurso em francês ou em árabe. Como liberdade é um tema precioso, aproveitavam o momento e pediam também para a África e todo mundo. Muitos, para aumentar o ânimo e a repercussão, gritavam palavras de ordem, que eram repetidas por todos, assim seria impossível não serem ouvidas dentro da embaixada. Apesar do barulho, a segurança presente não fez nenhuma repressão.

Encerramento do FSM

Depois da manifestação era o momento de assistir o final do FSM no palanque erguido na entrada principal da universidade Anta Diop. Foi quando, no meio daquela multidão que comemorava o final do evento, uma jovem ativista egípcia, ansiosa para saber novidades atualizadas de seu país, finalmente recebeu, por telefone, a notícia esperada da queda do ditador. Não dá para reproduzir a alegria que ela sentiu, mas no vídeo você poderá ver a sua felicidade e dos seus compatriotas.

Um novo tempo será possivel para o Egito e essa mudança foi feita pelo seu povo que, incomodado com a sua péssima situação, resolveu ir às ruas e exercer o seu poder de soberania, afinal o povo tem o poder, só é preciso que saiba como exercê-lo, Egito e Tunísia souberam.
Fica mais uma lição para os governantes de todo o mundo.

Muitos acham que tudo isso começou na Tunísia e que foi propagado com as novas tecnologias de comunicação, por isso não foi possível segurar a notícia dessa revolução popular como gostariam os ditadores, a comunicação logo a espalhou e encontrou um Egito preparado para iniciar a sua revolução democrática.

Agora fica a pergunta: qual será o próximo país?

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