Todas as armas foram utilizadas por jornais, revistas e canais televisivos para apoiar as campanhas dos candidatos que sem muitas alianças políticas brigaram até o ultimo momento por um posto no segundo turno.
Com uma grande quantidade de indecisos e falta de precisão nas pesquisas anteriores às eleições, a votação surpreendeu ao evidenciar a força popular dos votos, que separou consideravelmente os cinco principais candidatos, até então anunciados como possíveis vencedores.
Foram apresentados 10 candidatos à presidência, dentre eles os cinco principais concorrentes: Ollanta Humala (militar presente na destituição de Fujimori); Alejandro Toledo (ex-presidente); Luis Castañeda (ex-prefeito de Lima); Pedro Pablo Kuczynski (ex-ministro de Toledo); e Keiko Fujimori (a filha do ex-ditador preso).
Não sendo permitido ser reeleito, o atual presidente Alan Garcia, não apresentou candidatos presidenciais e nem mesmo evidenciou seu apoio a nenhum candidato, mas sim foram apresentados candidatos por seu partido APRA para o Congresso e para o Parlamento Andino, os outros dois cargos que são definidos nessas eleições.
Ollanta Humala mostrou sua popularidade na última pesquisa que anunciava uma diferença de quase sete pontos para a segunda candidata Keiko Fujimori, seguida proximamente do ex-presidente Toledo. Hoje também ficou claro o poder de Pedro Paulo Kuczynski, principalmente em Lima e no exterior, que até os últimos votos apurados esteve muito perto da candidata Fujimori na disputa pelo segundo turno.
Com mais de 30% dos votos válidos para Humala contra cerca de 23% de Keiko, resta esperar que a população decida se a direita ou a esquerda governará o país durante os próximos 5 anos. O que fica evidente nessa eleição é a necessidade de mudança.
O segundo turno da eleição peruana será realizado no dia 5 de junho.