Alguns shopping centers na Capital paulista, como o Paulista e o Higienópolis, agora contam com quiosques de venda de produtos israelenses desenvolvidos com lama do Mar Morto. A campanha global por BDS (boicotes, desinvestimento e sanções) ao apartheid de Israel tem se manifestado em diversos países e ganho corpo sobretudo nos Estados Unidos contra o consumo por potenciais clientes do produto, usado para fins estéticos, o qual vem sendo fabricado inclusive em território palestino ocupado.
É o caso de uma das companhias fabricantes, a Ahava (amor em hebraico), que, segundo denunciam ativistas, desenvolve seus produtos em assentamentos ilegais na Cisjordânia, utilizando recursos naturais usurpados de terras palestinas. Assim, sob o mote “Amor não é ocupação”, o movimento por BDS tem promovido ações diretas. Principalmente mulheres participam. Vestidas com robbies e tocas, elas recorrem ao bom humor para protestar contra a marca. As manifestantes usam dizeres como “Você não esconde sua face suja”, numa busca por dialogar com as consumidoras, uma vez que o produto promote beleza. O que, com certeza, não combina com ocupação.