Todo inicio de Fórum gera uma expectativa quanto à marcha de abertura e nesse não foi diferente.
A ansiedade diminuiu quando no começo da caminhada os movimentos, que vieram de todas as partes do mundo, estavam alí para expressar a sua dor pelas injustiças que têm sofrido e reconhecer, as vezes, no grupo que vinha atrás, ou que estava na frente, as mesmas causas. Essa é uma característica do Fórum, quem dele participa percebe que não está sozinho e que suas lutas fazem sentido porque muitos destes grupos se encontram, trocam experiências, se fortalecem nas suas reinvidicações.
Ecologia, direitos humanos, questões de gênero, reforma agrária, anti capitalismo, democracia nas comunicações, imigração e migração, trabalho escravo, colonialismo, racismo, sustentabilidade, economia solidária, riquezas naturais, privatização da água, petróleo, guerras, ditaduras e muitas outras questões que tinham seus participantes nesta Marcha cantando, gritando, falando, mostrando-se sem medo, no FSM há esta liberdade para discutir, falar e ser ouvido.
Dava para escutar e ver uma grande variedade de as culturas, especialmente as africanas, pelas suas roupas coloridas, turbantes e nas letras cirílicas em suas faixas. Todas as cores de gente, sotaques e muitas línguas, desde o francês, português, italiano, espanhol, árabe, turco, inglês até o wolof, idioma da maior tribo do Senegal e outras que nem dava para reconhecer.
Essa Marcha em Dacar indicava um bom começo, mostrava disposição das pessoas para darem mais um passo em direção a um novo nível de conscientização para os seus países desde os da África até os de todo mundo.
8 de fevereiro de 2011 - 12:17