Um porta voz do Exército, citado no diário israelita Haaretz, afirmou que o rapaz de 12 anos estava a lançar pedras contra os soldados, que não perceberam tratar-se de uma criança.
As imagens captadas pela televisão da Jordania “Royanews” mostram como o soldado foi manietado pelas mulheres palestinianas na tentativa de salvaram a criança detida pelo soldado israelita. Ver no vídeo abaixo)
Nas palavras do porta voz, houve “uma violenta perturbação da paz em Nabi Saleh [aldeia próxima de Ramallah], em que palestinianos apedrejaram forças do Exército que se encontravam no local. O jovem que está nas fotografias foi identificado pela força de reconhecimento como um autor do apedrejamento e por esse motivo foi decidido detê-lo”.
E prossegue o mesmo porta voz: “No momento da detenção, ocorreu uma violenta provocação de um certo número de palestinianos, incluindo mulheres e crianças. Considerando a violenta altercação, o comandante decidiu não prosseguir com a detenção”.
Uma sucessão de fotografias da Reuters reproduzida pela Rede e Televisão de Portugual mostra um militar embuçado e fortemente armado, a imobilizar a criança aterrorizada. Nota-se também que o rapaz tem um braço engessado.
Outras fotografias mostram depois um grupo de crianças e mulheres que se lançam sobre o militar israelita, para impedi-lo de levar o rapaz. Uma menina morde a mão do soldado, que depois lhe dá uma bofetada.
Uma fotografia da AFP mostra a máscara do militar, a ser-lhe arrancada por uma mulher. Outra fotografia da Reuters mostra o militar, a bater nas mulheres, de punho fechado.
Ver as demais fotos na matéria da RTP
Segundo o Haaretz, citando o mesmo porta voz, o soldado ficou ligeiramente ferido durante o confronto. O comandante decidiu não insistir na detenção do jovem, que estava a ser amplamente fotografada por jornalistas. Mas foram presas duas outras pessoas – alegadamente, um palestiniano e um activista estrangeiro. Um activista presente, que o Haaretz identifica com o nome Jonathan Pollak, confirmou que o rapaz de 12 anos estava ferido no momento da intentada detenção. Segundo Pollack, os soldados estavam num edifício abandonado e não foram apedrejados pelo rapaz. A mesma testemunha afirma que os militares puderam ver perfeitamente que se tratava de uma criança e que o soldado em causa apontou a arma ao menino no momento de proceder à detenção (acção que não aparece na sequência de fotografias).
Vídeo: Royanews.tv