Existem atualmente 1,1 bilhões de pessoas sem teto ou em condições de moradia precária, avalia a Aliança Internacional de Habitantes, ao prepararar sua participação no Fórum Social Urbano (FSU, convocado pelos movimentos sociais) e no Fórum Urbano Mundial (FUM 5, convovado pela ONU) no Rio de Janeiro.
Esses sem-teto representam o resultado da orientação “mercadológica” que identifica a grande maioria das atuais políticas de moradia e urbanismo, diz a AIH. O número de mal-abrigados e de desabrigados, ao invés de diminuir em 100 milhões, como queria o fracassado ODM 7-11, aumentará em 700 milhões de pessoas até 2020. De acordo com a organização, o neoliberalismo foi o responsável pela chamada bolha imobiliária e a explosão da crise financeira que afetou o mundo inteiro e jogou literalmente nas ruas dezenas de milhões de pessoas.
Atuando no processo do Fórum Social Mundial desde Belém e também na própria rede formada por associações de moradores, comitês de luta por habitação, centros sociais e comunitários,cooperativas e associações de inquilinos, a AIH foi uma das articuladoras do FSU. Também conseguiu o apoio das principais redes internacionais pelo direito à moradia e à cidade, do Fórum das Autoridades Locais, e de algumas universidades para a construção da Assembléia Mundial dos Habitantes (AMH) no FSM de Dakar, em janeiro de 2011. Já são 341 signatários, de 41 países, convocando a AMH.
O FSU no Rio de Janeiro é a última etapa presencial até a grande assembléia em Dakar.