A celebração dos dez anos do FSM em Porto Alegre teve início na manhã do dia 25, com um balanço e reflexão sobre o processo fórum ao longo da década. Uma das conclusões é de que a iniciativa não está superada. Mantém-se, assim, sua importância estratégica de aglutinar a diversidade e pluralidade de movimentos e lutas sociais. Esse foi o tom que prevaleceu em diversas falas dos brasileiros que integraram a mesa – os quais, contudo, não se abstiveram de apontar os limites desse processo e os desafios. Entre eles, o de construção de convergências pelos diferentes movimentos que permitam a construção de uma agenda global unificada que dê conta das urgências para sedimentar o caminho por um outro mundo possível e necessário.
Após as falas masculinas dos brasileiros, foi dada voz às mulheres – todas estrangeiras. Entre elas, Lilian Celiberti, da Articulación Feminista Mercosul, do Uruguai, salientou que o FSM tem como papel preponderante renovar as esperanças. O fórum que se caracteriza pela diversidade e pluralidade tem ainda, na sua opinião, sido essa mola propulsora às lutas sociais – entre as quais, anti-imperialista, antissexista, antirracista e antipatriarcal. Tem propiciado, dessa forma, a reflexão sobre o necessário desenvolvimento de novas culturas ao debate político, em que as relações de poder sejam questionadas e combatidas.