Os Encontros Sem Fronteiras são uma das mais ricas tradições do Fórum Social Pan-Amazônico e expressam o caráter do FSPA enquanto um processo vivo que busca
articular as distintas expressões de resistência Amazônica e construir a unidade dentro da diversidade dos povos da Pan-Amazônia.
Realizados desde o I FSPA, os Encontros Sem fronteiras são uma oportunidade para que movimentos sociais, organizações, redes e representação de povos separados pelas linhas das fronteiras se encontrem, identifiquem problemas comuns e coordenem esforços conjuntos para lutar.
Em vias de realização o V Encontro Sem Fronteiras Brasil-Venezuela que acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de julho, no município de Puerto Yacucho Estado do Amazonas/Venezuela, que contará também com a presença de delegações da Colômbia e da República Cooperativa da Venezuela. Outro ESF que vai de vento em popa é o do Rio Madeira que reunirá companheiros e companheiras do Brasil, Bolívia, Peru , Equador, e Colômbia. Este encontro privilegiará o enfrentamento do desastre ambiental causado pelas grandes Hidrelétricas desde a luta por compensações como no caso das represas de Jirau e Santo Antonio, em território brasileiro, como a luta para barrar os planos de construção como acontece nas regiões de Inambary e Paitzpatango, no Peru. Ao final do Encontro do Rio Madeira os participantes tomarão o barco para uma viagem de cinco dias até Santarém , rumo ao V FSPA em novembro, fortalecendo mais uma tradição do Fórum Social Pan-Amazônico: as caravanas fluviais que são espaços de convivência, aprendizado, debate e conhecimento.
O tema das grandes Hidrelétricas será também central no Encontro dos Quatro Rios que
unirá os movimentos de defesa das populações que vivem nas regiões do Xingu, Tapajós, Madeira e Teles Pires, que se realizará em Itaituba em Agosto próximo, também já está marcado o Encontro Preparatório das Mulheres Amazônicas , previsto para Setembro em Altamira, também no Pará.
Os Encontros Sem Fronteiras, Regionais e de gênero deverão aprovar campanhas, planos e propostas de ação que serão debatidos no V FSPA, se constituindo em um dos pilares de um Fórum que busca ser um encontro de resistências e trampolim para lutas conjuntas dos povos da Pan-Amazônia.