Desde que a realização de um evento paralelo ao FUM 5 foi anunciada por organizações sociais do Rio de Janeiro, participantes assumiram a tarefa de construir um documento com as preocupações do movimento popular na busca por cidades mais justas.
Não será um documento apenas do Rio, porque representantes de movimentos do mundo todo, especialmente da luta por habitação e pelo direito à cidade, participarão dos debates contribuindo com novas abordagens, emendas e revisões críticas para uma posição unificada. Mas a leitura do povo carioca sobre os problemas urbanos da capital do Estado do Rio de Janeiro será o eixo estruturador do documento uma vez que a cidade convive com exemplos eloquentes de todos os conflitos que inspiraram os 4 eixos temáticos do FSU
O documento final será aprovado dia 25 de março, durante encontro no espaço da Ação Cidadania e, de acordo com organizadores locais do processo, o texto base aborda temas que afetam a maioria das cidades ameaçadas por um modelo de desenvolvimento destrutivo. Entre eles estão a privatização dos espaços públicos, a criminalização da pobreza e a discriminação dos grupos vulneráveis além das várias injustiças: as econômicas e sociais, expressas especialmente através do desemprego e aumento da violência e a ambiental, roubando o direito da população à qualidade de vida, a uma cidade sustentável e à preservação dos recursos naturais do planeta.
Ao focalizar esses temas, o Fórum Social Urbano apontará para a construção de alternativas e a importância de fortalecer as lutas populares para transformar propostas em políticas públicas e consolidar novos valores para cidades justas e sustentáveis
Para participar da Carta do Rio com alterações do texto proposto, as emendas podem ser apresentadas no local dos debates até dia 25 ou enviadas para cartadoriofsu@gmail.com. De acordo com organizadores, haverá uma comissão de redação da Carta para organizar o documento final, após todas as contribuições.
Leia o documento base com a proposta inicial para a Carta do Rio