Principal atração até agora das atividades do FSM 2010, que em Porto Alegre acontece até o dia 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve ontem, dia 26, no Ginásio do Gigantinho para uma sessão de “Diálogos”.
Organizado pelo PT do Rio Grande do Sul, o evento contou com a militância em peso, que animou as arquibancadas do ginásio, e teve a participação do presidente da CUT, Artur Henrique, da feminista uruguaia Lilian Celiberti, e de Cândido Grybowski, do Ibase. Antecedendo a fala de Lula, ambos destacaram preocupações a serem levadas em conta pelo governo, como a criminalização dos movimentos sociais. “A democracia é o terreno da tensão e contradição entre governar e emancipar. A desobediência é um caminho de luta para fortelecer a democracia”, ressaltou Celiberti.
Sem fazer referência direta às questões colocadas, como o apelo para que se assegure a Comissão da Verdade sobre ditadura militar, o Presidente ressaltou sua relação com a sociedade como o grande saldo dos seus dois mandatos. “Recebemos no Palácio do Planalto que jamais imaginou colocar os pés lá”, destacou. Para Lula, também foram significativas as conferências temáticas realizadas ao longo do seu governo, inclusive a de Comunicação, convocada finalmente para dezembro de 2009.
Ele aproveitou o momento também para destacar o bom desempenho do Brasil na superação da crise e na discussão global sobre o clima — embora, tenha assinado o vago documento gerado em Copenhague.
Também teve destaque no discurso de Lula a situação do povo do Haiti, a quem, afirmou, o Brasil auxiliará com a construção de um hospital. Defendeu ainda que o FSM 2010 tire como proposta final a solidariedade ao povo do País devastado.