Foto Lúcia Martins- FMAP
Oitenta mulheres de todas as regiões do Pará e dos demais estados da Amazônia Legal iniciaram no dia 13, em Belém, o IV Encontro do Fórum de Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP). No mesmo encontro, houve uma reunião da Articulação de Mulheres Brasileiras, seção da Amazônia, que incorpora todos os estados da Amazônia Legal.
O papel das mulheres na História, políticas públicas e Governo e a participação das mulheres nas conferências são alguns dos pontos de debate dos encontros.
Segundo Nildes Sousa, da coordenação dos eventos, o objetivo da mobilização foi realizar um balanço das políticas públicas, avaliação sobre o processo de luta e a definição das alianças das feministas com outros movimentos sociais.
Entre as situações polêmicas indicadas por Sousa há o enfrentamento com setores considerados conservadores no Congresso Nacional, governos e no Judiciário com relação a temáticas como o aborto e a Lei Maria Penha.
A dirigente feminista paraense criticou proposta de instituição do que pode ser chamado de “bolsa estupro”, segunda a qual a vítima da violência, caso deseje manter a gravidez, recebe uma compensação financeira.
Hoje (15), um comboio de ônibus segue para Altamira, sudoeste do estado para o Encontro de Mulheres no Xingu: o feminismo se encontra na Amazônia, que ocorre entre os dias 16 e 18. O encontro faz parte da agenda em preparação ao quinto Fórum Social PanAmazônico, que acontece em Santarém, em novembro próximo.
No Xingu, a principal pauta é uma ação contra os grandes projetos, em particular hidrelétricas nos rio Xingu e Tapajós, e a construção de uma plataforma feminista sócio-política-ambiental.