Foto: Terezinha Vicente
Agradecendo as manifestações de solidariedade que recebeu dos participantes de IV Forum Social das Américas, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, – que iniciou tratamento para um linfoma recém descoberto – fez questão de saudar os ativistas neste sábado, e emocionou a todos ao defender uma integração latino-americana conquistada por uma “irmandade, campesina, obrera e digna” e inspirada no pensamento dos povos indígenas
“Vocês nem imaginam o que significa para nosso país a presença de todos. Estamos agradecidos de receber os povos de nossa América”, enfatizou. “É gratificante saber que em Assunção estão sendo construidas as trincheiras do povo latino-americano numa busca incansável de uma Terra sem mal, como nos ensinaram os ancestrais guaranis.”
Para Lugo, um “outro desenvolvimento é possível” na região e ele entende que o caminho desse progresso esteja sendo construido “mediante o aprendizado histórico, genuíno, pois provem da luta e sacrifício de nossos povos”.
Reiterando sua confiança em uma integração definitiva, Lugo citou vários países da região, a começar pelo Brasil, onde esteve durante os primeiros dias do Fórum. “Celebramos com Lula estes dias um projeto que representa não só uma obra importante para nosso país, mas uma nova lógica de relacionamento entre nossos países”.
Para o presidente paraguaio, a solidariedade com o povo de Honduras, que teve seu governo derrubado por meio de golpe de Estado contra o então presidente Manuel Zelaya, em 2009, deve continuar ativa. “Seguiremos reclamando por justiça para aqueles companheiros hondurenhos… O golpe de estado em Honduras nos ensina que nossos processos ainda não estão consolidados e por isso devemos permanecer alertas’.
Ele também saudou os povos de Venezuela e Colômbia pelo amadurecimento de entender que “não há mais lugar para a guerra em nosso continente que caminha pelo diálogo para sua reconstrução”.