Consolidar uma rede mundial pela democratização da comunicação e cultura

Antecedendo a abertura do FSM 2010, aconteceu a I Roda da Comunicação Compartilhada. O encontrou reuniu inúmeros projetos voltados à informação de forma não comercial e que vem, desde 2001, buscando trabalhar em cooperação.

Ao longo da discussão, da qual participaram representantes de Ciranda, Abraço, Amarc, Intervozes, Rede Por ti América, Rádio Favela, Imersão Latina, Música para Baixar, Cepepo, Rede Pulsar, TV Brasil e Flame D’Afrique, colocaram-se em pauta problemas comuns ainda enfrentados e perspectivas para o futuro.

Ponto fundamental e de consenso foi a necessidade de se constituir uma rede global de comunicação e também de cultura, que permita a ação compartilhada não só por ocasião dos eventos ligados ao FSM, mas permanentemente.

Além de uma forte aliança política em torno da comunicação,esse elo serviria ainda para evitar que se repitam os vícios da mídia comercial, incapaz de alcançar a realidade dos povos. Um exemplo imediato é a necessidade de articulação para assegurar que o Fórum Pan-amazônico, agendado para Santarém em 2010, possa dispor de infra-estrutura de comunicação e colocar foco na região.

Essencial ainda é entender a necessidade de optar pelo software livre para produção e consumo de comunicação e cultura.

E, por fim, tendo em vista que o tema da comunicação compartilhada ainda não se inseriu suficientemente fortemente na agenda do FSM, é necessário “contaminá-lo com esse debate”, conforme lembrou Rita Freire, coordenadora da Ciranda.