Fotos: Verena Glass
O encontro na capital gaúcha não é o único evento do Fórum Social Mundial (FSM) na grande Porto Alegre (POA) que se divide em atividades e eventos simultâneos, num total de 27 municípios do Rio Grande do Sul, particularmente da região metropolitana. Além disso não é um evento centralizado do FSM. Cujas as atividades este ano estão espalhadas por mais de 30 fóruns já agendados, incluindo um em Salvador, Bahia, que começa quando o evento gaúcho ainda estará em fase de finalização. Por isso, as expectativas para a Marcha de Abertura eram relativamente modestas. Mas a participação superou o previsto. Cerca de 30 mil pessoas circularam pelas avenidas Borges de Medeiros, Aureliano Pinto de Figueiredo e Beira Rio.
A marcha mostrou diversidade, mas especial participação de grupos organizados. Parte da visibilidade da marcha foi assegurada pelas centrais sindicais brasileiras que vieram todas a POA com alas próprias. Porém unificadas na defesa da redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.
Também participaram movimentos de mulheres em defesa do povo do Haiti, pela desocupação da Palestina, e outros temas sempre presentes no FSM, como a defesa da descriminalização da maconha, gritando slogans como “maconha é natural, Coca-Cola é que faz mal”, jovens participantes animaram a Marcha.
Um grupo autonomista com slogans pela ação direta, defendiam a abertura dos arquivos da ditadura militar brasileira e denunciavam a violência contra as mulheres. Este grupo aproveitou a caminhada para convidar para oficina sobre o assunto no Acampamento Intercontinental da Juventude (AIJ), em Novo Hamburgo, para o dia seguinte. O encerramento da Marcha teve a participação dos clowns (palhaços), defendendo os artistas de rua.