A cara da Amazônia

Às vésperas do Seminário de Comunicação e Cultura realizado como atividade preparatória do V Fórum Social Pan-Amazônico, o Conselho Internacional do V FSPA aprovou o desenho a ser utilizado em todos os materiais de identidade gráfica e sinalização do Encontro programado para o período de 25 a 29 de Novembro na cidade de Santarém, no Pará

A proposta foi idealizada pelo Grupo de Facilitação e GT Samaúma (Comunicação, Cultura e Economia Solidária), com a preocupação de expressar uma identidade cultural ambiental, social e política do processo, dando ao encontro dos povos da Amazônia a cara da Amazônia. Desenhado por Carlos Alves e com vetorização de Tarcísio Ferreira e Marcelo Lobato, o novo logo tenta reunir elementos que valorizem a diversidade cultural e as riquezas da Pan-Amazônia.

Confira as explicações do Grupo de Criação para cada um desses elementos:

A Cuia: é uma dos símbolos mais fortes da cultura mocoronga. Nesse contexto, a cuia representa a receptividade do povo santareno (nossa capacidade de reunir toda a Pan-amazônia dentro de nossa cidade);

Os Bonequinhos: Os nove bonequinhos aqui apresentados, representam os diferentes povos dos nove países da Pan-Amazônia;

A parte em verde lembra uma folha e simboliza a natureza em geral, representa também a Amazônia que vai estar toda reunida “dentro de Santarém” (simbolizada pela cuia)

As linhas azul e marrom representam o encontro das águas que é um dos principais cartões postais de Santarém e tem forte significado para o povo mocorongo, reforçando a identidade o população santarena. Além disso, os traços deixam mais forte a figura da folha (que remete à natureza) e ainda simbolizam a nossa luta em defesa da vida nos rios da Amazônia;

A semente – Ao centro da cuia, no encontro das linhas que representam os rios Amazonas e Tapajós, tem uma semente, que simboliza as perspectivas do processo em crescimento, a Soberania Alimentar e a Soberania do Território. A semente no encontro dos rios também remete à localização de Santarém, como se a parte verde fosse um mapa e a semente o ponto em que está localizada a cidade.

As linhas em vermelho (superior e inferior) trazem traços das nossas raízes negras e indígenas, fortalecendo a nossa concepção de valorizações dos povos e culturas originários.

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