O planeta vai muito bem

Foto de Frineia Rezende. Roberto Rocha, catador participante de painel sobre responsabilidade sócio-ambiental

Nós dependemos de recursos que só existem aqui no planeta Terra, para continuar respirando, nos alimentando e matando nossa sede. A Terra, no entanto, continuará seu curso sem o homem (como mostrou o livro reportagem A Terra Sem Nós, ver abaixo).

Essa afirmação foi repetida em diversos momentos do FMEAT, a exemplo do painel sobre responsabilidade sócio-ambiental e oficinas sobre meio ambiente, educação ambiental e o futuro do planeta.

Palestrantes do FME discutiram questões como a nossa relação com os recursos naturais, o que o mercado de consumo está fazendo com a nossa cabeça e o que as empresas realmente fazem como responsabilidade social e ambiental.

Após essas discussões, os participantes concluiram que a ameaça que o homem acredita estar fazendo ao planeta na verdade atingirá a todos os seres vivos, inclusive a nós.

O planeta continuará seu curso, passando por todas as intempéries sem, no entanto, deixar de existir. Nós, por outro lado… Isto é para refletir, não acham?

Adriana Bravim

A Terra sem nós, mas com o plástico por milhões de anos

A Terra que sobrevive aos humanos, e em pouco tempo se regenera de várias agressões e se livra de muitos venenos produzidos pela humanidade, foi tema de um livro-reportagem do jornalista Alan Weisman, “A Terra sem nós”, lembrado em alguns momentos do fórum.

As cidades logo virariam florestas de novo, o excesso de CO2 emitido na atmosfera demoraria 100 mil anos para desaparecer. Mas desapareceria. Os reatores nucleares das 441 centrais que existem no mundo se superaqueceriam e acabariam se incendiando ou fundindo. A radioatividade duraria milênios, mas um dia chegaria ao fim.

Mas um dos venenos, o plástico, continuaria matando as espécies por milhões de anos, e ele é distribuido todos os dias, de graça. “É uma loucura que nos dêem uma sacola de plástico cada vez que vamos ao supermercado”, diz Alan Weisman na apresentação do livro.

Richard Thompson, biólogo da Universidade de Plymouth, na Inglaterra, foi entrevistado por Alan e assegura:

“Imagine que toda a atividade humana parasse amanhã e de repente não houvesse ninguém para produzir plástico. Só com o que já existe, e levando em conta como ele se decompõe, será algo que os organismos encontrarão de forma indefinida. Milhares de anos, certamente, ou mais”.

Catadores educadores

Em oficina sobre importância da reciclagem e impacto dos materiais poluentes sobre a natureza, participantes defenderam que as gerações atuais devem aprender, dentro e fora da escola, como o plástico é mortífero para muitos organismos vivos que o ingerem, que elas sejam educadas para recusá-lo e que a sociedade seja conscientizada para substituí-lo.

Hoje, quem faz o principal trabalho para poupar a terra dos plásticos destacartados pelas grandes cidades são catadores de materiais recicláveis nos lixos urbanos, que não são bem tratados pela sociedade. Mas eles foram o Fórum Mundial de Educação do Alto Tietê para contar o sabem a educadores/as interessados/as, a exemplo de Roberto Rocha, que relatou a participantes como é sua profissão de catador.

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