Semanas… Dias agitados… Votações sobre o sufrágio impresso, da Lei de Segurança Nacional, da “minirreforma trabalhista”… Não temos descanso do jogo!
É… Na data em que se comemora o Dia do Estudante, tanques de guerra soltando fumaça! É… Nada mais simbólico do que isso! Não temos trégua no jogo!
Como recordar é viver… Lembremos que no mês de abril, em reunião no Instituto Nacional de Estudos e pesquisas Anísio Teixeira (INEP), o ‘Pastor Ministro’ afirmou que “a política do Ministério de Educação (MEC) deve vir e tem que vir em consonância com a visão educacional, do projeto, do senhor presidente da República”. O que é óbvio!
Então, qual o projeto educacional de quem, no ‘púlpito da mediocridade’, defende a ditadura e a tortura? De quem diz que o nazismo é de ‘esquerda’; de quem discute a esfericidade da terra; de quem tem a ‘goiabeira’ como referência; para quem tudo é mimimi… etc. Todas essas declarações representam uma visão de mundo, sociedade, educação etc., e consequentemente, impacta na ‘forma e no conteúdo’ de um governo e suas políticas públicas.
É… O desprezo pelo discurso nos colocou nesta situação!
Forma e conteúdo são indissociáveis!
Táticas implícitas, mas jogo claro!
Após mudanças realizadas nos últimos meses no Ministério da Educação (MEC) e em órgãos (autarquias) a ele relacionados, em entrevista no dia 09 de agosto na TV Brasil, o ‘Pastor Ministro’ afirmou que “universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil à sociedade”.
É… O desprezo pelo discurso nos colocou nesta situação!
Forma e conteúdo são indissociáveis!
Não existe neutralidade na educação!
Não existe neutralidade na política!
Táticas explicitas, jogo claro!
No dia 17 de agosto, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), o ‘Pastor Ministro’ afirmou que “para mim, educação não tem partido. Mas não tem partido nem de esquerda”. E ele está ali por quê? Por causa da ‘técnica e da neutralidade’?
Se ele fosse de outra ‘matriz ideológica’ ele seria convocado para ocupar o cargo? Lógico que não! Caso ele fosse de outra ‘matriz religiosa’ ele seria convocado? Lógico que não! Seria como um time contratar o técnico e jogadores que iriam atuar contra ele! Isso faz algum sentido? Lógico que não! E a razão é muito simples: quem ocupa o ‘cargo de indicação política’ coaduna com a ‘matriz ideológica’ de quem o convocou e, através de seus atributos, irá ajudar na implementação daquilo para o qual o governo foi eleito.
Pois é, um jogador convocado para um time ou uma pessoa para ocupar um cargo na gestão pública atuará para defender o time e para vencer o inimigo com garra e gana! É falácia um técnico dizer que o jogador foi convocado exclusivamente por causa de sua técnica! Como também é falácia a convocação de qualquer pessoa para ‘cargo de indicação política’ por causa da ‘técnica e neutralidade’. Técnica, na verdade, tem pouca importância e neutralidade não existe! Só pessoas ‘muito ingênuas’ ou de ‘má fé’ para acreditarem nessas falácias… Aliás, como tem brotado a ‘torcida ingênua indignada’!
É como se uma ‘torcida’ torcesse sem saber para qual time está torcendo!
Como se houvesse uma ‘torcida organizada’ sem time! Isso seria impossível no mundo dos ‘jogos coletivos’ como também no mundo do ‘jogo da política’.
É… O desprezo pelo discurso nos colocou nesta situação!
Forma e conteúdo são indissociáveis!
Não existe neutralidade no ‘jogo da política’!
Não existe neutralidade no ‘jogo da educação’!
Táticas explicitas, jogo claro
Assim, como em um time, a comissão técnica é tão importante quanto um jogador que ocupa uma posição estratégica dentro do jogo. Então, qual o motivo pelo qual o técnico convocou os jogadores para ocuparem cargos ‘técnicos-político-ideológicos’? Eles possuem uma concepção autoritária ou democrática? Conservadora ou progressista ? Etc…. Etc… E assim podemos fazer um ‘exercício analítico’ com todos aqueles que ocupam cargos em um governo! Não é tão difícil! Forma e conteúdo são indissociáveis! Pois é, a ‘torcida ingênua indignada’ quer convencer do contrário!
Qual a ‘matriz ideológica’ do atual governo? Ele é a favor ou contra as minorias? Defende ou ataca o meio ambiente? É excludente ou includente? E assim podemos analisar as políticas públicas de um governo em todas as áreas, e em especial a da Educação! Basta fazer um pouco de ‘exercício analítico’! Não é tão difícil! Forma e conteúdo são indissociáveis! Pois é, a ‘torcida ingênua indignada’ quer convencer do contrário!
Nos tempos do discurso da ‘convicção e fé’ como palavras de ‘ordem e progresso’, o projeto do governo parece ‘tosco mais é refinado’!
É… O desprezo pelo discurso nos colocou nesta situação!
Forma e conteúdo são indissociáveis!
Não existe neutralidade na política!
Não existe neutralidade na educação!
Toda ‘torcida’ sempre ‘torce’ para um ‘time’!
Ah… ‘torcida ingênua indignada’… Só rindo!
Táticas explicitas, jogo claro!
imagem: montagem ciranda.net
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