Esta coluna traz reflexões acerca do último jogo da Política Educacional Brasileira: o processo de ‘zumbificação’ realizado pelos livros didáticos distribuídos pelos governos anteriores e utilizados em instituições públicas de ensino.
Finalmente o jogador – Ministro da Educação – após meses sem explicitar seus atributos, mostrou como e o que fundamentará suas táticas para derrotar o time da Educação Pública Brasileira: a ‘deszumbificação’ dos estudantes.
Na coluna “Educação Pública Brasileira: vai perder por ‘WO’!” questionei quem eram os milhões de estudantes da Educação Básica das instituições públicas. Agora temos resposta: são “zumbis existenciais”.
Porque um jogador tão importante – o Ministro da Educação –, de um time tão fundamental, em evento de lançamento de um Programa, no dia do Combate ao Suicídio, relaciona o “atentado contra a própria vida” com o “falta de religião, Deus etc.”, e “processo de zumbificação” de crianças, adolescentes e jovens devido ao conteúdo dos livros didáticos distribuídos pelo Governos anteriores? Seria cômico se não fosse trágico!
A relação e correlação entre falta de Deus e suicídio, por si só, já deveria ser considerado como falta gravíssima, digna de expulsão! E estabelecer que “doenças mentais” ou “vazio existencial” são produtos da “desconstrução deliberada de tudo sem colocar nada no lugar” devido aos conhecimentos que geram “quebra de absolutos e certezas” divulgados pelos livros didáticos, deveria ser game over (fim de jogo)!
É como conceber uma final de campeonato entre dois times rivais que, devido a forma como é concebido, nunca irá acontecer! Ou ainda, imaginar a disputa de uma partida entre dois tipos de jogos! Sem noção…Sem sentido… Mas serve para algo e alguém!
Especula-se que a palavra Zumbi decorra de línguas da África Ocidental, idioma mitsogo (ndzumbi = “cadáver”) no Gabão; idioma quicongo (nzambi = “espírito de um morto”) no antigo Reino do Kongo! Zumbis, são geralmente relacionados ao Vodu, prática religiosa com raízes na África e que se destacou na região do Caribe. Zumbi, é uma criatura sem consciência ou autodeterminação, que se limita a cumprir ordens ou que age por impulso. Um “morto vivo” privado de sua própria vontade e existência.
Nos esportes sempre ouvimos falar em doping (dopagem) com substâncias que podem aumentar ou diminuir a atividade; melhorar ou piorar a atuação do esportista.
Ou seja, modificar o desempenho em um jogo. E isso depende da intenção e de quem topa!
Para o jogador – Ministro da Educação – os livros didáticos são mais do que uma simples ‘dopagem’! Eles são algum tipo de substância (objeto) que causa a dissociação; que pode, por exemplo, criar confusão mental, desconexão com a realidade e, produzir em alguns casos, delírio induzido, tornando os estudantes “zumbis existenciais”.
Ahhh… Sabe aqueles jogadores que jogam no ‘automático’? Que agem sem pensar, no impulso, sem emoção…Sem foco…Sem noção temporal, sem memorias recentes? Pois é! São os nossos estudantes “zumbis existenciais”! Aliás, eles nem podem ser considerados jogadores, ‘apanhadores de bolas’, ‘pega bolas’, ‘gandulas’, ‘colaboradores’ etc. Eles são zumbis… Zumbis… Zumbis…
Segundo Daniel Serravalle de Sá (2014, p.209) nas obras (filmes, literatura etc.) “seja por contaminação viral ou radioativa, lavagem cerebral, feitiçaria, ou outro modo, os processos de ‘zumbificação’ são geralmente relacionados à massificação das opiniões, perda progressiva de capacidade de raciocinar de modo crítico e independente, apatia e insensibilidade emocional. Em última instância, são processos que conduzem à morte do raciocínio e das emoções, com implicações que repercutem no próprio conceito de humanidade.”
A palavra zumbi é cheia de significados e não foi usada sem ideologia! Muito pelo contrário! A ideia de “zumbis existências”, com seus olhares vazios e mentes ausentes, devido à ausência de Deus e, ‘dopado’ pela ‘substância (objeto) livro didático´, estabelece claramente as regras do jogo, as estratégias e quais os atributos os jogadores utilizarão contra a Educação Pública Brasileira.
As representações mais comuns mostram os zumbis como seres sem qualquer inteligência embora de grande força física, e de fato, sem vontade própria, sem nome e preso em uma espécie de ‘morte em vida. E a ideologia das ‘flores’ e ‘goiabas’ está aflorando nos jogadores que estavam escondendo o ‘jogo’ e representa as ‘torcidas organizadas’!
Então, quem são realmente os “zumbis” nesse campeonato?
Está cada vez mais claro o ‘grito de guerra’ dos técnicos, jogadores e ‘torcidas organizadas’:
Brasil acima de tudo,
Deus acima de todos…
Ministério da Educação: todos contra a “zumbificação”!
imagem: Amarildo
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