A política econômica adotada pelo governo Lula será alvo de críticas durante ato público organizado pela UNE, em conjunto com a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), na próxima segunda-feira, dia 4 de dezembro, às 10h. A entidade estudantil convidou personalidades do cenário político nacional para um debate que será realizado na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo. A entrada é livre.
Confirmaram presença o presidente da UNE, Gustavo Petta; o economista e ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa; o sociólogo e secretário executivo da Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais), Emir Sader; o economista e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzo; e o também economista e professor da FGV e da USP, Paulo Nogueira Batista. Participarão também representantes da UBES, CUT e MST.
Com as discussões girando em torno da formação de um novo cenário político no país, o tom dos debates vai se pautar principalmente sobre de que forma a UNE, ao lado do conjunto dos movimentos sociais, deve interferir no debate em relação a agenda econômica do novo governo.
O objetivo é reunir intelectuais que defendam idéias progressistas no campo econômico. A idéia é promover uma discussão envolvendo pensamentos diferentes, mas que unificam a necessidade de rompimento com a agenda econômica levada adiante pelo governo Lula.
Fora Meirelles!
De acordo com o presidente da UNE, Gustavo Petta, a entidade fará duras críticas à política econômica e vai cobrar um rompimento com a ortodoxia do Banco Central. Segundo ele, o conservadorismo do BC durante esse primeiro mandato do governo Lula impediu um maior desenvolvimento do país com a imposição de uma agenda de juros altos, arrocho fiscal e superávit.
“Os movimentos sociais, aliados aos intelectuais que querem uma mudança radical na economia, não concordam com a política implementada pela equipe do Henrique Meirelles. Nós queremos que o Lula mude a direção do BC colocando quadros mais comprometidos com o desenvolvimento. Queremos a troca do presidente do BC para que o Brasil possa enfim começar a crescer”, ressalta.
“Enquanto não mudar a política econômica, as políticas sociais, como a reforma agrária, a saúde e a educação para o povo, não vão andar”, completa.
Mais informações:
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Foto: participante de ato de 2004 contra a política econômica