Ao primeiro prefeito preto bantu/nagô eleito em Salvador

Eu sou a universal ideologia
Que mata preto todo dia
Em depressões, suicídios e agonias.
Meu projeto de morte é a sua solução.

Aquele que vai viver ou vai morrer
É o dinheiro e o poder branco que irão dizer
Com o preço pago a cada preto
Que o assassino escolher.

Sim, eles matam
Como uma “branca escrota” abraçada ao cachorro.
“De quebrada”, ela aperta o gatilho “dicumforça”
Na memória do meu povo.

Porém, o senhor é o seu pastor
E não temas, porque ele não vai te salvar
Já que o demônio é meu senhor
É nunca foi o seu Orixá.

Até por que águas não querem vê o seu povo
Morrendo e na prisão.
Onde o falso profeta tá na grade
Pedindo voto para o branco ladrão.

Se ligue, porque somos pretos maioria
Donos deste Ilê.
A fome e a miséria falam muitas mentiras para nós, os donos do poder.

Qual foi do preto?
Eu até sei, meu irmão, minha irmã.
Mas se o ladrão vem pela noite
Faça o “corre” de manhã.

Imagem: Instagram Carla Akotirene

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