Com o eixo “A liberdade é maior que a lei: desobediência, amor e rebeldia”, a Marcha da Maconha SP organiza programação online a partir das 13h deste sábado, 6/6, e convoca todas as pessoas que são contra a guerra às drogas para participar postando fotos, vídeos, hashtags e cartazes. Em respeito às medidas de isolamento social em decorrência da pandemia, o evento digital está marcado para o dia em que aconteceria a marcha popular que desde 2008 toma as ruas de São Paulo e que nos últimos anos reuniu mais de 100 mil pessoas.
Depois de anunciar em manifesto a mudança de planos por conta do coronavírus, a Marcha da Maconha SP – declaradamente antifascista – anuncia que “a pandemia não segura a luta”. A programação online começa às 13h e conta com um debate ao vivo a partir das 14h sobre guerra às drogas com convidadas e convidados especiais. Com mediação da Diva Sativa, a conversa vai contar com a presença da incrível Railda Alves (fundadora da AMPARAR – Associação de Amigas/os e familiares de presas/os e da Frente Estadual pelo Desencarceramento de SP), da Cris Lima (Bloco Medicinal da Marcha da Maconha SP) e de Henrique Carneiro (historiador e ativista antiproibicionista). Também serão ouvidos ativistas das marchas periféricas de São Paulo. Depois dos debates, a programação segue com horas de discotecagem com quatro DJs convidadas/os.
Em seus materiais, a Marcha da Maconha SP afirma que bandeiras históricas do movimento – combate à violência policial, ao genocídio racista praticado pelo Estado e ao encarceramento em massa; defesa do desenvolvimento da pesquisa científica e do acesso aos usos terapêuticos da cannabis; implementação dos princípios da redução de danos e legalização de todas as drogas, entre outras – têm sua urgência ainda mais escancarada no contexto de pandemia.
A marcha digital é convocada, ainda, em momento de ebulição política no Brasil e no mundo. Em algumas cidades do país, incluindo São Paulo, movimentos contrários ao crescente autoritarismo do governo Bolsonaro voltam às ruas. Além disso, mortes praticadas por forças policiais contra jovens negros – como a de João Pedro no Rio de Janeiro que ganhou grande repercussão – seguem cotidianas enquanto a população brasileira acompanha e se inspira nos protestos antirracistas estadunidenses que literalmente têm incendiado o país cujo presidente é ídolo do nosso.
“Estamos atentos e dispostos”, afirma uma integrante da Marcha da Maconha SP: “nas redes ou nas ruas, nem o vírus dos governos autoritários nem o do covid farão a Marcha da Maconha dar nenhum passo atrás. Seguimos conectados e em luta”.
No dia 6, Diva Sativa conversa com coletivos das marchas da maconha periféricas, debate sobre a guerra às drogas nos dias atuais com Railda Alves (AMPARAR – Associação de Amigas/os e familiares de presas/os e da Frente Estadual pelo Desencarceramento de SP), da Cris Lima (Bloco Medicinal da MdMSP) e de Henrique Carneiro (historiador e ativista antiproibicionista) e Laylah Arruda (Feminine HiFi), ainda haverá muita discotecagem.
Serviço:
Marcha da Maconha online
Quando: 06 de junho de 2020
Horário: a partir das 13h00
Onde: nas redes e nas janelas
Instagram – @marchadamaconhasp
Facebook – MarchaDaMaconhaSaoPaulo