A euforia vazia do ‘‘bum bum tan tan’’

Um êxtase se sucedeu país afora com anúncio da ANVISA sobre as duas vacinas aprovadas para uso emergencial no combate a Covid-19. Foi uma explosão de vídeos, montagens com músicas, danças feitas pelos anônimos que se acham celebridades, as subcelebridades e celebridades propriamente dita. Todos correram para redes sociais para competir em likes, curtidas e comemorar um tal campeonato mundial qualquer desse aí, um que se espera e deseja muito.

Até os políticos de oposição a besta do apocalipse estavam nessa ‘‘alegria’’ doentia; parece que todos ingeriram um ‘‘ácido’’ da euforia ou foi este destilado na água das pessoas, para gargalharem irracionais feito hienas. Jornais do dia seguinte promoveram uma cobertura cheia de ‘‘otimismos’’, tal como se de fato a luz no fim do túnel passasse a ‘’lumiar’’ com mais intensidade a escuridão política e sanitária que nós estamos.

Dória fez seu marketing safado, contudo lhe dou um desconto. Só pra lembrar: este indivíduo quis dar ração a estudante da escola pública, tratou morador de rua na base da porrada – o episódio da Cracolândia paulista, por exemplo, em que jato de água fria foi jogado nas pessoas, e prédios foram demolidos com pessoas dentro.

Voltando…

Neste festejo a la réveillon, como que num passe de mágica as coisas mudassem para melhor, as pessoas não racionaram que só temos cerca de seis milhões de dose da vacina para mais de 100 milhões habitantes, como também, temos a frente do país um incompetente que sequer possui um planejamento para vacinação das pessoas, além de ser irresponsável com a medidas de prevenção para com a Covid, ao promover aglomeração e o acientífico tratamento precoce com cloroquina, um mentiroso contumaz, que não esta nem aí para as mortes no país.

Para coroar o quadro, um ministro da saúde com diversas idas e vindas em suas colocações, que não inspiram a menor credibilidade. Uma hora diz que o avião irá para Índia buscar as vacinas, depois informa outra data, aí vem e assume que a Índia não liberou as tais dois milhões de doses da vacina.

Sem falar na tragédia na cidade de Manaus.

Agora estamos diante de um impasse diplomático que tem criado entraves para importação da matéria-prima da vacina que virá da China, aquele país que foi alvo de desqualificações pela besta e seu clã.

Parece-me que as pessoas estão caindo na real depois da ressaca da droga que consumiram, porque não temos vacina e nem previsão ou planejamento para compra, fabricação e imunização da população.

Sempre fui contra o impeachment desta besta, mas a situação foge a todos os limites da excepcionalidade. Deixar o país no comando de um desqualificado intelectualmente, incompetente e um sujeito abjeto sem o menor apreço pela vida – um genocida – não só condena mais pessoas a morte, como também determinará o futuro trágico desta nação.

Imagem: Vacinas

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