O quinto mês do Brasil na pandemia

Panorama e dinâmica da Pandemia Covid 19

O Brasil está em segundo lugar no ranking mundial da covid 19, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados são de documento publicado ontem (20 de julho) pela Fiocruz. Isolamento social, apoio financeiro às famílias mais vulneráveis e reforço ao financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) são condições destacadas pelos pesquisadores para o êxito no enfrentamento da pandemia.

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No quinto mês de pandemia, temos mais de dois milhões de casos. São quase 80 mil mortes, com uma media de sete dias com mais de 1000 mortes. Há poucos sinais de descida deste patamar grave e, em um terço dos estados brasileiros, há aumento de casos e mortes.

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No Nordeste, os números têm regredido, a exceção é a Paraíba, com aumento de 19%. Rio Grande do Norte e Ceará estão com queda de 31%. Alagoas 15%, Sergipe 12%, Pernambuco 5%. Bahia e Piauí estão estáveis com 0% de variação. O Maranhão está com taxa de 6% e caindo.

Na outra ponta, com os números continuando a subir, estão as regiões Sul e Centro-Oeste do país.

Santa Catarina lidera com aumento de 108% nos casos de Covid19, seguida pelo Rio Grande do Sul com 71% de aumento e Paraná com 46%.

Interessante observar que os estados da região Sul têm defendido a retomada das atividades econômicas e saída do isolamento social.

A consequência direta foi o aumento de casos de Covid19 e necessidade de retomada do isolamento e suspensão das atividades em diversos municípios.

Também na região Centro Oeste, os números continuam a crescer de forma preocupante. Sendo que o estado do Mato Grosso do Sul tem os números mais altos da região: aumento de 50% dos casos.

Vale destacar a situação de Minas Gerais, com 33% de aumento dos casos de Covid19.

O Brasil não conseguiu realizar distanciamento social e implementar medidas de higienização para as populações vulnerabilizadas. (p.1)

O índice de isolamento social do Brasil ficou, em média, nos últimos 3 meses abaixo de 50%. Isso é muito aquém do índice de isolamento ideal (75%).

Vacina e tratamento

A covid 19 ainda não tem vacina disponível e/ou tratamento específico. A principal recomendação de prevenção é a adoção de medidas não farmacológicas como o distanciamento social. Os países que enfrentam a pandemia implementam/ implementaram políticas de restrição total ou parcial para a redução de casos e mortes.

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Imagem: Agência Brasil

Retomada das aulas
O retorno das aulas é o “maior desafio para os países que conseguiram controlar a epidemia e reduzir casos e óbitos após a oitava semana” (p.12). A Fiocruz lembra que houve surgimento de novos casos em países que retomaram as aulas e foi necessário retomar o fechamento das escolas.

“Muitas creches e escolas primárias foram fechadas durante a semana de abertura, após a detecção do vírus entre as crianças.”

A abertura diferenciada entre redes públicas e privada deve ser considerada. O objetivo é prevenir o risco de parcela dos alunos e professores da rede escolar na medida que a desigualdade de acesso ao ensino e condições epidemiológicas é realidade no país.

No artigo “Fiocruz divulga critérios para retomada das aulas” estão apresentados os condições para a retomada.

O documento da Fiocruz apresenta, também, analise sobre a situação do município do Rio de Janeiro. Nesta cidade, a Fiocruz não recomenda abertura das escolas!

clique aqui para ler o documento na integra:
retornoaulas-20julho2020-1.pdf

Documento da Fiocruz foi elaborado por :
– Hermano Albuquerque de Castro – Médico Pneumologista e Pesquisador Titular ENSP/Fiocruz.
– André Reynaldo Santos Périssé – Médico, Pesquisador Titular ENSP/FIOCRUZ
com apoio da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde – VPAAPS/Fiocruz

link para artigo no portal da Fiocruz : ENSP-Fiocruz

Imagem Capa: Adaptação pela Ciranda.net do Mapa 1 – estudo Fiocruz, p.6

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