FSM 2015 – Relato da delegação brasileira


A edição de 2015 do Fórum Social Mundial aconteceu entre os dias 24 e 28 de março, em Túnis, capital da Tunísia. Sob o tema “Dignidade, Direitos”, o FSM 2015 recebeu cerca de 45 mil pessoas e 4,4 mil organizações e movimentos de 122 países, sendo a maior parte da África do Norte e do Oriente Médio, mas também da Europa, de diversos países africanos e das outras regiões do mundo

O número foi inferior às expectativas iniciais – antes do atentado (que tirou a vida do político Chokri Belaid), esperava-se cerca de 60 mil pessoas –, mas significativo . Mais de 1 mil atividades autogestionadas aconteceram
no território do FSM e 150 atividades estendidas ocorreram fora do território do evento, em função do momento e dos debates.

Paralelamente ao FSM e em função de sua realização, ocorreram também o 4º Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML), Assembleia Geral do Fórum Internacional das Plataformas Nacionais de ONGs (FIP), Assembleia das Mulheres, Assembleia dos Movimentos Sociais, marchas, reuniões da delegação brasileira (encontro de boas vindas, encontro com representantes do governo, reunião de avaliação do processo), Fórum de Saúde, Fórum Parlamentar, Assembleia de Juventude e, por fim, a Missão Gaza, que conduziu brasileiros/as na tentativa de ingressar à Palestina A missão recebeu, no entanto, o embargo de Israel, com consequências e desdobramentos diplomáticos até o presente momento.

A participação brasileira, a mais expressiva da América Latina, destacou-se pela diversidade Foi o coroamento de um processo público de seleção de representantes de organizações para a composição da delegação, levando-se em consideração critérios como representatividade e diversidade étnica, cultural, regional e de temáticas de trabalho, entre outros Cerca de 200 pessoas de mais de 100 organizações e movimentos de todo Brasil representaram os mais diversos segmentos: movimentos negros, albinos, de juventude, mulheres, pessoas com deficiência, reforma agrária, saúde, educação, centrais sindicais, movimentos culturais, direito à cidade, justiça ambiental, justiça de transição, LGBT, povos tradicionais, democratização da comunicação, economia solidária, catadores/as, artesãos/ãs, direitos humanos, governos e empresas estatais.

A tenda da Casa Brasil foi ponto de referência de encontros e das grandes atividades organizadas pelo Coletivo Brasileiro em parceria com outros atores internacionais da sociedade civil e com representantes governamentais brasileiros/as. Honrando seu papel histórico, o Brasil permanece como ator estratégico no processo do Fórum Social Mundial!

O relato dessa participação, contribuição em temas relevantes para a sociedade civil brasileira e planetária, está contido no Caderno Fórum Social Mundial 2015. Clique na imagem para acessar.

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