Educação Pública Brasileira: e os ‘jogos 2021 começaram’!

É! Em 2021, os jogos começaram com vários ‘lances’ e ‘apostas’ no mundo da Política da Educação Pública Brasileira!

Começamos com ausência de ‘vacina COVID 19’ para os profissionais da educação! Afinal, isso tudo é “mimimi…”!

Começamos com o fracasso do ENEM! Afinal, não fizeram a prova “porque não quiseram”!

Começamos com o Edital Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) que excluiu temas e discussões conquistados democraticamente nas últimas décadas! Afinal, os temas eram “coisa de esquerda”!

Começamos com a Receita Federal referendando a taxação dos livros. Afinal, “pobre não lê”!

Na Coluna “Educação Pública Brasileira: finalizando o Campeonato 2020!” apontei que os técnicos, jogadores, comissão etc., poderiam ter algum tipo de ‘baixa’!

É! Os jogos começaram ‘com baixas’! O jogador ‘Ministro Pastor’ providenciando demissões e substituições de jogadores no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e dentro do próprio time do Ministério da Educação (MEC) com a substituição de jogadores importantes, para que juntos, possam garantir de maneira mais ‘eficiente’ a implementação do projeto do governo!

Para um time a comissão técnica é tão importante quanto um jogador que ocupa uma posição estratégica dentro da quadra ou do campo! Se um técnico possui o objetivo de vencer o campeonato e considerando que ele possui grandes patrocinadores e torcidas organizadas, o que ele deveria fazer? Ele deve gerar esforço apenas na aquisição de ‘jogadores estrelas’ ou também de uma comissão técnica consistente?

Mas é óbvio que isso é natural e faz parte do mundo dos jogos!

Mas é óbvio que isso é natural e faz parte do mundo da política!

Sim, eles sempre irão convocar pessoas que mais coadunam com o projeto do governo independentemente da competência ‘técnica’! Mesmo porque, além de estarmos no ‘mundo da política’, os conceitos de competência, tecnicidade, eficácia etc., são construídos a partir de determinada matriz! A separação entre ‘ser técnico’ ou ‘ser político’, só serve como argumento correto para aqueles que querem manipular os que nada entendem sobre Gestão Pública; ou para aqueles que sabem que isso não é possível, mas são pessoas de ‘má fé’!

Na Coluna “Ministério da Educação: ‘que comecem os jogos’!” destaquei que “[…] não podemos continuar afirmando que não existe ‘projeto’ ou que ‘eles não sabem o que fazem’! Sim, existe um projeto, que está sendo revelado, através de ações ou não ações; omissões; discursos; homilias; pregações; piadas etc.”

Assim como em times coletivos, as estratégias e táticas estão sendo articuladas dentro dos bastidores, dando ênfase aos ‘quadros técnicos’. Sim! Assim como os preparadores físicos são importantes para um time, os cargos ‘técnicos-políticos ’com poder decisório são importantes para o MEC! O importante é que todos estejam articulados e garantam as jogadas que irão implementar um projeto que parece tosco, mas é extremamente refinado!

O fato é que dizem que não são ‘ideológicos’. Mas, na verdade, assim como em um ‘culto religioso’, estão equipando a ‘máquina pública’ com jogadores que conclamam e enaltecem o ‘criacionismo’! E nada mais ideológico do que isso!

O fato é que enaltecem a ‘racionalidade-técnica’. Mas, na verdade estão alocando pessoas ‘político-ideológicas’ dentro do MEC e suas respectivas autarquias, para ocuparem cargos com poder no processo decisório das políticas que impactam diretamente a Educação Pública Brasileira! E nada mais ideológico do que isso!

O fato é que defendem a ‘escola sem partido’ afirmando que as instituições públicas de ensino doutrinam com “pensamento de esquerda”! Mas, na verdade querem doutrinar por meio de uma matriz religiosa, tal qual a ‘goiabeira’, ‘Flor de Lis’ e ‘Dr. Jairzinho’! E nada mais ideológico do que isso!

É assombrosa a forma de como os times adversários da Educação Pública Brasileira se deslocam, atacam etc., e atingem seus objetivos. Não produzem um confronto muito acirrado e, de maneira perversa, aproveitam a pandemia do Covid 19 para “passarem a boiada”!

E o ‘projeto teocrático’ está cada vez mais evidente!

E a ‘boiada tá passando’…

E os jogos começaram …

imagem: montagem ciranda.net

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Paula Arcoverde Cavalcanti

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