Minha praia é minha casa! Da varanda, voltada para o nascente, recebo os raios de sol como se fossem o elixir da vida.
Depois de ouvir e ler tantas opiniões de médicos, já me acostumei com a ideia de adiar dois ou mais meses para voltar às ruas, esbanjando nova forma de me relacionar com as pessoas, os lugares e as coisas.
Se a pandemia estiver domada até o fim de agosto terei o maior gosto e ir à Salvador, pilotando meu automóvel em viagem de contemplação e agradecimento, com paradas em Bom Jesus da Lapa e na Chapada Diamantina.
Pretendo ir à Aracaju, Maceió, Recife e Jampa para rever familiares e amigos. Participar do lançamento do livro comemorativo do centenário do economista Celso Furtado, que nos deixou em 2004. O livro será editado pela Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) e contém mais de 15 artigos de economistas de todas as regiões brasileiras.
Tenho ilimitado apreço pela existência. No que depender da minha vontade e dos meus atos, prolongarei a passagem pela mãe terra. Evitarei viajar de avião enquanto não houver vacina para a covid 19 e eventuais mutações. Passarei ao largo de aglomerações e shoppings.
Faço planos pessoais e coletivos para o futuro. Se puder ir à Salvador em setembro, estarei no lucro. Se for depois, é porque a coisa ainda estará ruça… Logo, não é bom apressar o rio da existência; ele corre sozinho!
Saudades imensas do meu povo de laços de sangue e de afeto. Na boa hora e no bom dia chegarei para sentir o gosto e os prazeres da Bahia.
Vixe! Só retornarei à Brasília em 2021.
Adrô Quintela de Xangô.
Imagem: Adroaldo Quintella
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