Basta de Rosários e Laboratórios em Nossos Ovários!

Não somos propriedade de ninguém. Nem dos religiosos, nem do poder médico, nem da indústria biotecno-farmacêutica e nem do Estado! Quando grávidas não deixamos de ser um indivíduo, como quer o Direito Canônico da igreja católica e, portanto, somos soberanas sobre o destino dos nossos fetos.

Ameaçados, os patriarcas querem controlar nossos corpos, nosso poder procriativo, querem nos transformar em mães compulsoriamente, fazer da gravidez uma obrigação, um castigo pelo exercício da sexualidade. E, por outro lado, querem lucrar com isso, comercializando nossos óvulos, nossos úteros, nossos embriões e nossos fetos.

Não somos criminosas quando não quisermos ou não pudermos levar até o fim uma gestação em qualquer que seja a circunstância. Uma lei que nos obrigue a manter uma gravidez que resultou de um estupro é para nós um segundo estupro! Uma lei que ignora os riscos de morrer e que ignore os danos à nossa integridade física e psicológica, colocando pretensos direitos dos fetos antes da nossa dignidade, é para nós um atestado de ódio.

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Impedir que a maioria de nós tenha acesso ao controle de sua sexualidade e de sua potencialidade procriativa é um atestado de racismo, pois as maiores afetadas por esse Estatuto serão as mulheres negras e as indígenas. São elas as que não podem pagar clínicas particulares onde interromper com segurança uma gestação.

Igualmente ardilosas são as decisões judiciais de nomear diferentemente e distinguir os embriões que serão manipulados -e seus produtos patenteados- daqueles que não podem ser abortados por estarem nos corpos das mulheres.

O poder médico, o poder jurídico, o poder do capital e o poder religioso se unem para impedir a nossa libertação. Mas não vamos nos subjugar. É nosso direito legítimo resistir e negar uma lei odiosa e injusta.
seja a circunstância. Uma lei que nos obrigue a manter uma gravidez que resultou de um estupro é para nós um segundo estupro! Uma lei que ignora os riscos de morrer e que ignore os danos à nossa integridade física e psicológica, colocando pretensos direitos dos fetos antes da nossa dignidade, é para nós um atestado de ódio.

Impedir que a maioria de nós tenha acesso ao controle de sua sexualidade e de sua potencialidade procriativa é um atestado de racismo, pois as maiores afetadas por esse Estatuto serão as mulheres negras e as indígenas. São elas as que não podem pagar clínicas particulares onde interromper com segurança uma gestação.

Igualmente ardilosas são as decisões judiciais de nomear diferentemente e distinguir os embriões que serão manipulados -e seus produtos patenteados- daqueles que não podem ser abortados por estarem nos corpos das mulheres.

O poder médico, o poder jurídico, o poder do capital e o poder religioso se unem para impedir a nossa libertação. Mas não vamos nos subjugar. É nosso direito legítimo resistir e negar uma lei odiosa e injusta.

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