O último dia de atividades do Fórum Social Mundial 2007 foi marcado por uma mudança metodológica que, aparentemente, tenta responder às críticas sobre a “falta” de resultados concretos dos encontros. Em conjunto, o Conselho Internacional do Fórum Social Mundial e o Comitê Organizador da edição em Nairóbi propuseram – e levaram a cabo na tarde de quarta-feira (24) – a realização de 21 Fóruns de Lutas, Alternativas e Ações.
Nessas “sessões de convergência”, os ativistas e redes reunidas no FSM foram convidados a apresentar suas propostas e estratégias para o próximo período. Juntas, elas formarão o Plano de Ação do Fórum. De acordo com Fatma Aloo, membro da Conselho Social Africano e do Conselho Consultivo do FSM Nairóbi, esse é o principal objetivo do Fórum em Nairóbi.
“O Fórum tem sido um espaço para a sociedade civil nestes sete anos, mas o que fizemos para ampliar este momento? A proposta das sessões responde a isso”, disse Fatma. “Nós não mais apenas falaremos. Continuaremos falando, mas vamos para a ação.”
Teoricamente, a manhã de quarta deveria ser usada por redes de movimentos e organizações para tentar fechar as propostas que seriam apresentadas durante as sessões de convergência. Porém, poucas foram as atividades realmente voltadas para esse fim.
Inicialmente, a proposta do Conselho e do Comitê era realizar apenas cinco sessões, sob legendas mais amplas. A proposta inicial havia agradado mais aos movimentos sociais pela característica de aglutinação de forças e a possibilidade de campanhas conjuntas mais amplas.
A organização do FSM 2007 promete disponibilizar na internet os documentos resultantes das 21 sessões realizadas. No entanto, não há data prevista para a publicação do Plano de Ação.
25 de janeiro de 2007 - 22:43