[en]Shared communication launched for 2008 [pt] Iniciada a comunicação compartilhada rumo a 2008

Fotos: Frineia Rezende

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While the percussion group The Drum Beat Of Uganda From Uganda played, over 30 alternative media activists from Argentina, Uganda, Cape Verde, Kenya, India, Pakistan, Tanzania, Sweden, the US, and Brazil took part in a meeting proposed by Ciranda, within World Social Forum, held in Nairobi, Kenya’s capital, from January 20th to 25th.

They met up in order do discuss how to make real the shared press coverages of the global gatherings presented at the WSF for 2008. The dream is to build up “another” communication and media. To do so, the group gathered in Nairobi has already started to form a horizontal network of communicators, including those who is linked to social movements that do not have the practical know-how nor founds to set up a structure of an alternative media mean. The first step and home work left at meeting was to invite and mobilize those organizations to join up the Ciranda, a shared communication project born in 2001 at the first World Social Forum, in Porto Alegre, Brazil.

At the meeting, the participants decided to extend the Ciranda through a virtual discussion group with the goal of establishing a great commitment towards shared network they dream of – a kind of letter of principles like the one that exists to rule the WSF since 2001. The media activists planned as well a reorganization of the current network for the actions expected for 2008.

From Pakistan, Ghwam Muhammad, representant of South Asia Partnership Pakistan, brought the propose that the alternative media networks must be strengthen in countries where there are dictatorial regimes.

Indian activist Deepa Menon, from World Dignity Forum, pointed out that alternative communication movements should act both globally and locally. “We should cover the themes discussed at the WSF, without putting aside the particularities of each place”, said Menon. She also said that Ciranda could build up regional media alliances, not only act in countries.

A welcomed propose came from Patrick Koch, Kenya activist of Hip Hop Ukooflani MauMau. According to him, alternative communicators have to think of producing different formats of information to reach a great number of people. “We can distribuite audio files by internet to community radio stations all around and also leaflets, which are cheap and quick way to spread the news”, said Koch. Kenyan Hnery Tho added that it is an important contribution as many people do not have access to the web. A way out to this is the use of free software such as Wiki. Edgard Amaral, from Ciranda Afro, said that motivating ethnic movements to take part in the Ciranda shared communication is fundamental. The Ciranda’s team also pointed out that the project is a permanent counterpoint to mass, corporate midia, which turns the information into merchandise.

The meeting started with an explanation of Brazilian journalist Rita Freire, one of the founders of Cirand, in 2001. She recalled historical aspects, goals, and the mission of the Ciranda.

Translated by Luciano Máximo

[pt_br]Ao som da batucada do grupo The Drum Beat Of Uganda From Uganda, cerca de 30 pessoas, que atuam na área da comunicação alternativa, representaram seus paises – Argentina, Uganda, Cabo Verde, Quênia, Índia, Paquistão, Tanzânia, Itália, Suécia, EUA e Brasil -, na reunião promovida pela Ciranda Internacional da Informação Independente, dentro do Fórum Social Mundial, em Nairobi, Quênia, dia 24.

O grupo de dança e percussão fez a apresentação de abertura do encontro, saudando a proposta de conexão entre ativistas de comunicação da África, Ásia, e América Latina, já com vistas a realizar a cobertura compartilhada das mobilizações globais do processo FSM 2007-2008.

O sonho em comum, ajudar a construir uma outra comunicação, mobilizou o grupo a começar a constituir uma rede horizontal de comunicadores, incluindo aqueles e aquelas ligados aos movimentos sociais que ainda não tem a prática e nem os recursos que possibilitem a socialização da informação. Convidar, mobilizar estes movimentos a se integrarem a Ciranda ficou como lição de casa para todos e todas presentes.

Da reunião, saiu a proposta de ampliar a Ciranda por meio de um grupo virtual de discussão com objetivos de construir uma espécie de carta de princípios específica dessa rede compartilhada que já adota a carta do FSM desde seu início. Ainda, reorganizar a rede para atuar em 2008, cujas edições do FSM serão policêntricas exigindo uma outra dinâmica, descentralizada e com equipes de atuação devidamente identificadas, organizadas e afinadas para cada ação de cobertura e seus desdobramentos.

Representado o Paquistão, Ghwam Muhammad, da South Asia Partnership Pakistan, trouxe como proposta fortalecer a rede com o objetivo de pensar em ações que sobrevivam em governos ditatoriais restritivos também no campo da comunicação, como é o caso do seu país.

A representante da Índia, Deepa Menon, da World Dignity Forum, destacou dois pontos: ações globais e locais. “Deveremos cobrir os temas internacionais que estão ligados ao Fórum, sem deixar de lado os locais respeitando as especificidades de cada lugar.” Além disso, enfatizou que a atuação da Ciranda poderia criar alianças de mídia alternativa por regiões e não apenas por países.

Uma proposta bem recebida, apresentada por Patrick Koch, do grupo de Hip Hop, Ukooflani MauMau, do Quênia, foi a de pensar em formatos informações que alcancem de fato as populações e o maior número possível delas. Podemos pensar em programas para rádios em que distribuimos os áudios para as emissoras. Não precisamos, necessariamente, ter uma rádio. Folhetos são um opção barata e rápida também, comentou o jovem.

Partilhando da mesma opinião, Henry Tho, do Quênia, ressaltou a importância de trabalhar com os mais variados suportes tendo em vista que nem todos têm acesso à rede mundial de computadores, o que, se não observado, tornariam as ações da Ciranda um tanto excludentes. Além disso, temos que ter a preocupação com a questão financeira, pois tais produtos geram custos de produção, distribuição, etc, pontuou.

Segundo Edgard Amaral, da Ciranda Afro, uma das tarefas primordiais para cirandeiros e cirandeiras é a de envolver os movimentos étnicos de seus países, incentivando-os a utilizar os espaços da Ciranda para fazer circular conteúdos que possibilitem a formação crítica das pessoas. Especialmente no Brasil, o movimento negro poderia se apropriar dessa ferramenta para divulgar suas iniciativas e campanhas de lutas.

Outra proposta, reiterada, apresentada pela equipe da Ciranda foi a de fazer um contraponto permanente na tentativa de quebrar a pratica viciada da mídia coorporativa que transforma a informação em comércio, mercadoria. Essa necessidade foi diagnosticada e apontada desde a criação da Ciranda em 2001.

Para impulsionar ações relativas às propostas apresentadas, foi consenso a organização de lista virtual que possa, além de discutir pautas comuns sobre as questões sociais, globais e locais, passar orientações sobre operação de novas ferramentas de comunicação entre o grupo, por exemplo, por meio do software livre Wiki.

Estes foram os principais pontos discutidos e acordados na reunião que começou com uma exposição de Rita Freire, uma das fundadoras da Ciranda. Rita relembrou aspectos historicos, objetivos e missao do grupo, que nasceu dentro do primeiro FSM, em Porto Alegre, e vem permanentemente se modificando e buscando uma comunicação realmente nova e democrática.

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