Foto: Terezinha Vicente
O Brasil ainda não deu os passos necessários para tornar a comunicação mais democrática. Foi o que indicou Rita Freire, coordenadora da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, à abertura do FMML (Fórum Mundial de Mídia Livre), na manhã deste sábado (16), na capital fluminense. A atividade ocorre até amanhã (17), no campus Praia Vermelha da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Integra a programação da Cúpula dos Povos, que segue até o próximo dia 23.
Apresentando breve histórico da luta pela mídia livre no Brasil e no mundo, Freire destacou a tentativa de se mostrar nesta segunda edição do FMML a comunicação como estratégica a todas as lutas dos povos, sobretudo no debate em curso dos bens comuns.
Ratificando essa visão, Ivana Bentes, coordenadora do curso de comunicação da UFRJ, observou: “Na Cúpula dos Povos e na Rio+20, está sendo discutida a questão dos recursos finitos. Na comunicação ocorre o oposto. A produção é imaterial e os recursos, ilimitados. Mas temos cercas digitais que a transformam em algo restrito, escasso, para poder monetizar e vender.” Na sua ótica, é preciso criar ambiente que favoreça a produção de mídia livre. “Essa discussão tem que estar expressa em todos os documentos das duas atividades no Rio de Janeiro.” Bentes salientou ser um dos objetivos do FMML sair com uma articulação poderosa em torno de propostas concretas para se alcançar esse objetivo.