Foto: Thais Chita
O Dia de Mobilização e Ação Global – 26 de janeiro – foi marcado por diálogos online com ativistas de diversas partes do mundo, entre os quais da Palestina. De lá, em conexão direta com as pessoas presentes ao sábado-feira, em São Paulo, falou Jamal Juma, coordenador do Stop the Wall, movimento contra a ocupação israelense e a construção do muro do apartheid na Cisjordânia.
Em conversa que contou com a participação de refugiados palestinos recém-chegados ao Brasil e integrantes do Mopat (Movimento Palestina para Tod@s) – lançado na ocasião -, ele falou sobre os últimos acontecimentos naquele pedaço do mundo, enfatizando a grave crise humanitária enfrentada em Gaza. O território ocupado em 1967 – quando Israel anexou também Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Golã, na Síria – virou uma prisão, onde vivem enclausurados 1,5 milhão de palestinos. Seus direitos elementares são violados diariamente.
Juma afirmou que a tendência é que na Cisjordânia a vida também fique ainda mais difícil. E destacou que ali, neste dia 26, ocorreu uma manifestação importante, em uma das estradas exclusivas israelenses, perto de Ramallah. Ainda para o coordenador do Stop the Wall, a comunicação com outros focos de ação global, como a que foi promovida no Dia da Ação Global, é fundamental aos palestinos, como forma de romper o isolamento imposto pela ocupação.
Mobilização
No Brasil, além da organização e unidade nas ações, é crucial informar as pessoas que o TLC (Tratado de Livre Comércio) entre Israel e Mercosul (Mercado Comum do Sul) – assinado em 18 de dezembro de 2007 pelo governo nacional e à espera de ratificação pelo Parlamento – constitui apoio a essa situação inaceitável. A opinião foi dada por Juma, ainda durante a conexão.
Arlene Clemesha, secretária de Relações Internacionais do Mopat, apresentou o novo movimento ao seu interlocutor, que garantiu: “É o que precisamos.” A iniciativa, baseada em São Paulo, mas com a pretensão de se expandir para todo o Brasil, surgiu da necessidade de se unificarem as ações pró-Palestina. Pretende, portanto, agregar organizações populares e sociais nessa luta pelo fim da longa ocupação israelense – a qual já dura quase 60 anos. Para conhecer o Mopat e se somar a essa ação, visite o site Palestina Livre .