Atendendo à convocação internacional por um dia
mundial de protesto e solidariedade, o Comitê de
Solidariedade aos Povos Árabes promoveu no
sábado, 12 de agosto, uma vigília pela paz em São
Paulo, das 16h às 20h, em frente ao Masp, na Avenida
Paulista.
Trajando roupas brancas e
portando velas para acender final da tarde, os
manifestantes lembraram as vítimas dos ataques que
estão sendo perpetrados no Líbano e Palestina e
pediram seu fim imediato. Além disso, passaram aos
transeuntes um abaixo-assinado a ser encaminhado ao
Governo brasileiro com as seguintes reivindicações:
que se oponha publicamente ao massacre dos povos
palestino e libanês, o que inclusive causou a morte de
brasileiros e seus familiares; não firme o Tratado de
Livre Comércio entre Mercosul e Israel (há, inclusive,
petição pela não-assinatura no endereço
http://www.petitiononline.com/pal2006/petition.html);
retire imediatamente o Embaixador do Brasil em Israel,
sob forma de protesto. Nesse dia, estarão ainda sendo
arrecadados alimentos não-perecíveis para envio à
região.
Com o objetivo de chamar a atenção das autoridades
nacionais e pressioná-las a tomar atitudes concretas
contra as agressões e em favor da paz, essa foi a
quarta atividade organizada pelo Comitê de
Solidariedade aos Povos Árabes, que reúne uma série de
entidades da sociedade civil, incluindo as que
representam a comunidade árabe em São Paulo e no
Brasil.
A primeira delas foi a realização de um ato
público na Praça da Sé, em 21 de julho, que contou com
a adesão de cerca de 2 mil pessoas. Nos dias 28 de
julho e 4 de agosto, foi a vez de os comerciantes do
Brás, 25 de Março e imediações baixarem suas portas
por uma hora em solidariedade ao movimento pela paz. E
em 6 de agosto, aproximadamente 10 mil pessoas foram
às ruas para denunciar e repudiar o massacre contra os
povos libanês e palestino.
Brasileiros
marcharam da Praça Oswaldo Cruz ao Ibirapuera numa
manifestação pacífica que contou com a participação de
palestinos, libaneses e descendentes, muitos dos quais
recém-chegados do país que sofre há quase um mês com a
investida do Governo de Israel. Essa destruiu toda a
infra-estrutura do Líbano, fez milhares de vítimas e
deixou 30% da população desabrigada e exilada. A
reconstrução imediata dessa nação e da Palestina, em
que a população vive sob ocupação militar israelense e
constantes ataques, é também pleiteada nessas
manifestações.
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com Soraya Misleh