Ainda hoje nos surpreendemos de como os alemães puderam ter permitido que as gangues nazistas fossem tão longe, cometessem crimes de tais proporções que, afinal, quase levou à destruição de seu próprio país! E a uma hecatombe mundial, que ceifou oitenta milhões de vítimas.
Uma década antes, em 1914, o ex-socilalista Mussolini anunciava a “santa revolução da anarquia”, o fascismo, declarando-se inimigo de todos os cristianismos.
O deus de Hitler, por outro lado, era um deus de comício, mistura de Walhala e Deus cristão.
Esquecida da moral de Goethe, a Alemanha escolheu e sofreu a moral da gangue. E a moral da gangue, em qualquer país, em todos os tempos, é triunfo e vingança, derrota e ressentimento, inesgotavelmente.
Qualquer que seja um Estado totalitário, este para viver e expandir-se necessita perpetuar seus inimigos e eternizar o terror.
A conquista para as massas internas, baseia-se em propaganda ou repressão, e, para o exterior, em guerra. Mesmo que seja, no presente do século XXI, a guerra de destruição da natureza.
Os intermediários políticos, organizados em partidos políticos, que em todas as sociedades são a salvaguarda da liberdade desaparecem, dando lugar a um Jeová de botas, que reina sobre multidões silenciosas ou que gritam palavras de ordem. Goering diz no banco dos réus em Nuremberg que “o vencedor será sempre o juiz e o vencido, o réu”.
Bolsonaro se considera vitorioso quando tripudia sobre a morte de quase 150 mil brasileiros pela Covid: “Eles não foram fortes o bastante”.
Quando todos são militares, o crime é não matar se a ordem assim o exigir. A ordem militar jamais exige que se pratique o bem!
O poder de mentir, denegrir, matar e aviltar salva a alma servil do antigo “Zé Ninguem” do nada. A propaganda, a mentira, a tortura e o assassinato são os meios diretos de desintegração; para os “convertidos”, o amálgama do criminoso cínico com a cumplicidade forçada.
E chegamos ao século XXI. E diversos países repetem a velha formulação do século XX: escolhem e sofrem a moral da gangue!
O Brasil de 2018, assim como a Alemanha de 1933, aceitou os valores degradados de homens que lograram impor-los a uma nação.
Caminhamos para a destruição e a barbárie. Ainda teremos energia e vitalidade social para reargirmos?
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Imagem: Medo e delírio em Brasília/WordPress.com