A Revolução de Socialista Soviética foi um dos eventos políticos, sociais e econômicos mais significativos da história da humanidade, talvez o único evento que haja influenciado todo o desenvolver de um século e em esfera global.
Sob a liderança de Lênin e dos bolcheviques, em outubro de 1917, o Governo Provisório Russo, que tomou o poder após a derrubada do Czarismo de quatro séculos, foi, por sua vez, também derrubado, sendo substituído pelo poder dos Sovietes.
A firme esperança dos bolcheviques era que, cumprindo-se as previsões marxistas, as revoluções proletárias fossem desencadeadas em todo o mundo, principiando pela Alemanha, onde se abrigava o partido socialista mais forte de toda a Europa. Logo, tomado o poder na Rússia, o fundamental era que o Partido e o povo russo se aguentassem enquanto uma onda revolucionária mundial modificasse o mundo. E o novo regime se aguentou!
Mas as previsões marxistas falharam redondamente.
O capitalismo não se abriu para um apocalipse e a Revolução Russa se viu cercada internacionalmente por países conservadores e antissoviéticos.
Nos anos 1940, a União Soviética foi simplesmente fundamental no enfrentamento de destruição do eixo nazifascista. Sem ela, a Inglaterra teria sido invadida e destruída e jamais os USA chegariam a desenvolver bombas atômicas, dado que cientistas por eles capturados na Alemanha foram essenciais para seu desenvolvimento.
No pós-guerra, o socialismo governava mais de um terço da população mundial. Nos anos 1960 parecia desenvolver-se tecnologicamente numa velocidade superior à dos países capitalistas, apesar das revoltas por liberdade e autonomia sufocadas com tanques na Hungria e na República Tcheca, prenúncios do final dos anos 1980, anos da desintegração sócio-política de todo o bloco soviético.
O “estado do bem estar social”, assim como o planejamento e a planificação econômica fizeram parte dos procedimentos e políticas com que o capitalismo do pós-guerra se municiava como contraponto ao socialismo, dele extraindo sua essência.
Todas essas políticas de redução de “danos sociais” se esgarçaram e foram abandonadas quando o capitalismo se viu livre da opção socialista, estabelecendo a selvageria concentradora e excludente do neoliberalismo.
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