A saga de uma família de lavradores que vende as terras e atividades de agricultura familiar atraída pela promessa de renda através de empregos do agronegócio no cultivo da soja foi o tema da mística de abertura do primeiro dia de painéis do Encontro Pan amazonico, na manhã desta quarta-feira, na cidade de Belém
O trabalho apresentado pelo Grupo de Teatro da Unipop (Instituto Universidade Popular), utilizando a metodologia proposta pelo Teatro do Oprimido, conseguiu tocar em dramas das populações indígenas que vão da destruição das suas condições originais de relação com a terra até a cultura do machismo também presente nas relações “Mulher, sou eu que mando, a terra está vendida e pronto”, grita o marido, pondo fim aos argumentos desesperados da companheira em defesa da resistência da família
Na cidade, a família se defronta com as muitas armadilhas que se se apresentam como opções de sobrevivencia: o rafico de pessoas, a prostituição e o trabalho escravo. Personagens gritam pelo que antes constituia seu meio de vida: milho, arroz, trigo, farinha, água! E descobrem que desses recursos “Não tem mais, nem pagando!”
O grupo de atores e atrizes denunciam que, “em nome do desenvolvimento, do emprego e do progresso, a Amazônia está sendo submetida à destruição”, e conclamam os presentes a resistir: “A amazônica nos convida a desmascarar a ideologia do desenvolvimento”.
Leia Cobertura completa do Encontro Pan-Amazônico de 14 a 17 de Julho de 2009