Uma maratona midiática de 48 horas acontece de sexta, 12, até sábado, 13, com o objetivo de denunciar o muro que está sendo construído por Israel na Cisjordânia, no Oriente Médio.
A campanha, inédita, envolve mídias alternativas de países dos vários continentes e faz parte dos protestos organizados pela entidade palestina Stop the Wall, Pare o Muro, em tradução literal. O objetivo da maratona é denunciar o ataque do Estado de Israel contra a população palestina.
O muro do apartheid ou muro da vergonha, como é conhecida a muralha, está em construção desde 2002 e atualmente tem 700 quilômetros de extensão em concreto e arame farpado. Com nove metros de altura, corta cidades palestinas da Cisjordânia ao meio e isola a população.
Sua extensão e altura são infinitamente superiores ao muro de Berlim, que caiu em 9 de novembro de 1989. O muro alemão possuía aproximadamente 155 quilômetros por três metros de altura.
“Esse muro que cerca a Cisjordânia dividiu plantações e casas ao meio. Uma moradia teve, inclusive, as janelas bloqueadas”, denuncia Soraya Misleh, diretora do ICArabe (Instituto da Cultura Árabe) e do Movimento Palestina para Todos.
A maratona midiática também pretende denunciar as empresas que estão envolvidas na construção do muro do apartheid. A israelense Elbit Systems, que atua na área de tecnologia militar e especialista em construção de veículos não tripulados, é uma dessas 12 companhias. A Elbit, inclusive, já assinou contratos no Brasil, conforme informa a Ciranda.
Para saber mais sobre a Elbit e conhecer quais são as outras empresas envolvidas na construção do muro acesse a informação na Ciranda.