A proeminente ativista saudita pelos direitos das mulheres, Loujain al-Hathloul, mantida na Arábia Saudita desde 2018, iniciou uma nova greve de fome na segunda-feira por causa das condições de sua detenção, disse sua família.
“Hoje às 19 horas de Riad, minha irmã Loujain começou uma greve de fome porque a administração da prisão de al-Ha’ir a privou do direito de entrar em contato com sua família”, afirmou a irmã de Loujain, Alia, no Twitter.
A outra irmã de Loujain, Lina, também disse no Twitter que Loujain havia informado seus pais que “ela está cansada de ser maltratada e privada de ouvir as vozes de sua família”.
“Ela disse a eles que iniciaria uma greve de fome a partir de ontem à noite até que permitissem suas ligações regulares novamente”, acrescentou.
Não foi possível obter comentários imediatos das autoridades sauditas, mas o reino geralmente nega qualquer falha em cuidar de seus detidos, informou a Reuters.
As autoridades sauditas prenderam vários ativistas de direitos humanos, incluindo Al-Hathloul, Samar Badawi, Nassima Al-Sada, Nouf Abdel Aziz e Maya Al-Zahrani, em 15 de maio de 2018, por supostamente prejudicar a segurança do reino.
No entanto, relatórios de direitos humanos afirmam que as ativistas foram presas por defender os direitos das mulheres.