Em uma audiência pública realizada dia 22 de julho – mesmo dia que o agora ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, solicitou uma reunião de urgência da Organização de Estados Americanos (OEA) para denunciar a Venezuela – uma delegação internacional composta por 10 dirigentes sindicais, 6 membros do Parlamento europeu, 3 membros do Parlamento britânico, 3 delegados da Espanha e 2 dos Estados Unidos testemunharam a existência da gigantesca fossa comum encontrada no povoado de Macarena, no Departamento de Meta, Colômbia. Trata-se da maior fossa comum da história recente da América Latina, com aproximadamente 2.000 cadáveres. O assunto vem sendo praticamente ignorado pela imprensa brasileira e internacional. Imaginem se fosse na Venezuela ou na Bolívia…
O secretário do Comitê Permanente de Defesa dos Direitos Humanos da Colômbia, Jairo Ramírez, descreveu assim o que testemunhou: “O que vimos foi de arrepiar, uma infinidade de corpos e na superfície centenas de placas de madeira de cor branca com a inscrição NN e com datas que vem desde 2005 até hoje”. Segundo Ramírez, o comandante do Exército colombiano disse que os corpos eram de guerrilheiros mortos em combate, mas moradores da região garantem que, entre os mortos, estão líderes sociais, comunitários e camponeses que desapareceram sem deixar rastro. Já há na Colômbia um movimento para denunciar Álvaro Uribe ao Tribunal Penal Internacional pela prática de crimes contra a humanidade.