Filho de terrorista na Casa Branca

Filho de terrorista na Casa Branca

Durante a campanha presidencial dos Estados Unidos, lobbies sionistas e pró-israelenses investiram muito em criar polêmica com relação ao segundo nome de Barack Obama, que reflete a sua descendência islâmica: Hussein. A estratégia não se provou eficaz, e Obama venceu a eleição com uma vitória inquestionável. Dando a devida atenção a nomes e descendências, talvez esses críticos tenham se contentado com outro segundo nome, o do novo escolhido como chefe de gabinete de Obama, o sionista Rahm Israel Emanuel.

Rahm Emanuel, deputado de Illinois na Câmara dos Representantes, é filho de Benjamin Emanuel, um terrorista israelense que se mudou para os Estados Unidos na década de 1950. O pai de Emanuel serviu por um longo tempo como soldado da organização terrorista sionista Irgun Zvai Leumi (Organização Militar Nacional, traduzindo literalmente do hebreu), responsável por explodir hotéis turísticos, estações de trem e prédios públicos na Palestina antes da fundação de Israel, em 1948. O Irgun foi a primeira organização terrorista originada na Palestina, denominados dessa forma por autoridades britânicas, francesas e até por movimentos sionistas menos violentos. Segundo Sherman Skolnick, jornalista investigativo residente em Chicago, o pai de Rahm Emanuel “fez parte do grupo de extermínio que assassinou o Conde sueco Folke Bernadotte”, mediador do conflito árabe-israelense pela ONU até o assassinato pelo Irgun em 1948. Recentemente, quando entrevistado pelo jornal israelense Ma’ariv, Benjamin Emanuel confirmou ter servido o Irgun, afirmando ter sido “um simples soldado”. Exatamente, Benjamin, mas ser um “simples soldado” de uma organização terrorista lhe faz um terrorista, não?

Como diz o dito popular: “tal pai, tal filho”. Após a fundação do Estado de Israel em 1948, os líderes de organizações terroristas como o Irgun formaram a liderança política do país. Até hoje, os “filhos e filhas do Irgun” participam do governo israelense. Sendo assim, durante a sua infância Rahm Emanuel se dizia ser um israelense. Em 1991, ele fez uso da nacionalidade israelense que possui para integrar o Exército de Israel e proteger o seu país contra Saddam Hussein durante a Guerra do Golfo. De volta aos Estados Unidos, Emanuel aproveitou a experiência e contatos do pai para avançar na carreira política. Ironicamente, não existe uma linha sequer sobre os feitos do pai de Emanuel na Palestina em seu website pessoal (www.house.gov/emanuel/aboutrahm.shtml). De qualquer maneira, em pouco tempo o atual chefe de gabinete de Barack Obama se tornou o “vice-chefe do Mossad na América do Norte”, como afirma Sherman Skolnick.

Rahm Emanuel foi a primeira nomeação de Obama após a sua eleição. Apenas algumas horas após a confirmação da vitória, o candidato democrata desiludiu muitos de seus admiradores ao escolher Emanuel para o cargo de chefe de gabinete da Casa Branca, o posto mais próximo do presidente. O que poucos sabiam era que o acordo entre os dois democratas já havia sido feito há algum tempo, quando os lobistas sionistas abriram mão da candidata Hillary Clinton e reconheceram que Obama teria maiores chances de derrotar o republicano John McCain. Isso aconteceu durante a conferência do Aipac, em Washington, no dia 4 de junho de 2008 (leia sobre a conferência em Oriente Médio Vivo, Edição 109). Essa ocasião ficou marcada por Obama deixar de ser um pensador independente e passar a trabalhar conforme as normas da influência sionista nos Estados Unidos.

O Aipac, fundado originalmente com o nome de “Comitê EUA-Sionista de Assuntos Públicos”, é amplamente considerado como o lobby de política estrangeiro mais poderoso nos Estados Unidos. Os 60 mil membros distribuem milhões de dólares a inúmeros integrantes do Congresso, sejam eles republicanos ou democratas. Também investem em uma rede de cidadãos influentes em todo o país, os quais podem mobilizar regularmente para apoiar o objetivo principal da organização – assegurar que não haja separação entre as políticas de Israel e dos Estados Unidos. Na conferência de 4 de junho, mais de 7 mil funcionários judeus, vindos de todos os cantos do país, reuniram-se para receber a manifestação da obediência servil da elite de Washington, que ali se curvava. Foi nesse dia que o Obama candidato se transformou no Obama presidente, afirmando que “qualquer acordo com o povo palestino deve preservar a identidade de Israel como Estado judeu”, e que “chegou o momento de estar junto a Israel”. Na mesma noite, Rahm Emanuel anunciou seu apoio incondicional a Obama, e o apresentou aos diretores do Aipac com o objetivo de selar os acordos e confirmar os fundos e a influência judaica para a campanha do democrata.

Enfim, nada mudará na próxima administração pró-sionista na Casa Branca. Com relação à atual administração Bush, a eleição de Obama deu mais cinco assentos para políticos judeus no Senado e 18 no Congresso. Como colocado na manchete do jornal israelense The Jerusalem Post, na edição de 5 de novembro, “temos um número recorde de judeus no Congresso”. E como disse o pai de Rahm Emanuel ao Ma’ariv, em 13 de novembro, “obviamente ele [Rahm] irá influenciar o presidente para ser pró-Israel. Por que não?” Sendo assim, quem irá discordar do pai do novo chefe de gabinete de Barack Obama? De uma forma ou outra, o filho de um terrorista estará na Casa Branca.

FONTE:
Jornal Oriente Médio Vivo – http://www.orientemediovivo.com
Edição nº123 – http://orientemediovivo.com/pdfs/edicao_123.pdf

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