A editora de publicações acadêmicas Elsevier está anunciando uma nova política em seus processos editoriais com o objetivo de melhorar a inclusão, a diversidade e a igualdade, especialmente no que diz respeito a gênero, raça e etnia.
Uma das mais antigas empresas na área de edição de “papers” acadêmicos do mundo, completando 140 anos de existência em 2020, a Elsevier edita alguns dos títulos mais influentes, como a The Lancet na área de saúde. As linhas gerais da nova política estão sendo comunicadas por e-mail aos editores pelo diretor administrativo da companhia, Phillippe Terheggen.
Em um artigo publicado na página da Elsevier em 19/6, a CEO da empresa, a economista turca Kumsal Bayazit, já falava em novas diretrizes, citando o movimento antirracista que se seguiu mundialmente ao assassinato brutal de George Floyd e outros negros nos Estados Unidos. “Precisamos reexaminar o papel da Elsevier em pesquisa e saúde e como nossos 8.100 colegas podem dar uma contribuição ativa e positiva para acelerar a equidade, a inclusão e a diversidade em nossos negócios e nas comunidades que servimos”, afirmava Bayazit.
Segundo uma reportagem do jornal inglês Financial Times, Bayazit foi conduzida ao cargo no início de 2019 com o objetivo de consolidar a Elsevier como empresa global de informações analíticas. Ela também foi incumbida de enfrentar pressões sobre o ramo de publicações científicas para aumentar a inserção de artigos produzidos por cientistas mulheres e abrir o acesso gratuito ao material produzido, em grande parte, por pesquisas financiadas com dinheiro público.
Entre as mudanças já implementadas, Terheggen relaciona a formação de um Conselho Consultivo externo para inclusão e diversidade e a disseminação de uma maior consciência sobre equidade de gênero.
As medidas futuras incluem aumentar a participação de mulheres e indivíduos de minorias raciais / étnicas sub-representadas nos conselhos editoriais e desenvolver recursos adicionais para incorporar maior diversidade, inclusão e igualdade na rotina dos editores. Inclui ainda ampliar o acesso gratuito de países de baixa renda às publicações e registrar uma declaração em apoio à inclusão e diversidade em todas as páginas das publicações.